Uso do dinheiro em espécie continua em alta no Brasil, revela pesquisa do Banco24Horas

Populações das classes C, D e E puxam o aumento do uso do papel moeda como meio de pagamento

Da Redação Da Redação -

Levantamento realizado pela TecBan, administradora do Banco24Horas, revela que o volume de dinheiro sacado neste mês cresceu 25% desde abril.

Durante a pandemia do Covid-19, o Banco24Horas foi responsável pelo atendimento de 50 milhões de pessoas, resultando em mais de 100 milhões de saques por mês. No período, foram registradas 180 milhões de transações (saques, extratos, transferências e etc) nos cerca de 23 mil caixas eletrônicos.

Ainda de acordo com os dados do Banco24Horas, as populações das classes C, D e E puxam o aumento do uso do papel moeda como meio de pagamento. Ao todo, 60% das operações de saque são realizadas em regiões residenciais desse perfil de pessoas, que possuem restrições de acesso ao sistema financeiro e à conectividade.

As informações mostram que apesar do isolamento social e da crise financeira, o dinheiro em espécie é fundamental para a economia brasileira.

“Vivemos em um país em que 29% das pessoas ainda recebem salários em papel moeda e 91,6% utiliza como forma de pagamento principal. Em um momento crítico como este, é natural que as pessoas optem por ter o dinheiro em mãos”, analisa Jaques Rosenzvaig, Diretor Geral da TecBan,

O desafio, agora, é aumentar a base monetária brasileira para manter a eficiência do ecossistema de distribuição e garantir que todos tenham acesso. O Brasil vive no seu limite – o volume de dinheiro circulante é muito baixo – apenas 3,9% do PIB.

“Na China, esse percentual é mais que o dobro (8,9%). Os EUA registram 8,2% do PIB em moeda circulante e o Japão 21%”, compara o executivo.

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos grupos do Portal 6 para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.

PublicidadePublicidade