Após usar droga, policial de Anápolis matou amigo e deixou corpo em lote baldio, aponta GIH

Segundo delegado, o autor confessou o crime, mas alega ter sido vítima de emboscada

Denilson Boaventura Denilson Boaventura -

Apontado pela Polícia Civil (PC) como o autor do assassinato de Washington Vinícius Florencio do Egito, de 20 anos, um policial militar, de 25 anos, foi preso temporariamente nesta quarta-feira (02), em Anápolis.

O crime ocorreu no último 18 de agosto no Jibran El Hadj e o mandado foi cumprido pelo Grupo de Investigações de Homicídios (GIH), que encaminhou o militar para Goiânia, onde ele ficará recolhido no Batalhão Anhanguera.

De acordo com o delegado Wlisses Valentim, responsável pelo caso, testemunhas relataram que autor e vítima eram amigos de infância e na ocasião teriam passado à tarde inteira ingerindo bebidas alcoólicas e fazendo o uso de cocaína.

“Sendo que, após a droga ter acabado, ambos saíram para adquirir mais entorpecente. Minutos depois, o corpo de Washington foi encontrado num terreno baldio, com cinco perfurações produzidas por arma de fogo”, explicou.

O investigador detalhou que imagens de câmeras de segurança (confira abaixo) comprovaram que o policial fugiu do local, deixou o veículo que dirigia na Avenida Pedro Ludovico e rendeu os ocupantes de uma caminhonete.

Segundo Valentim, o militar portava uma arma e obrigou os ocupantes a o levarem para o Centro. Mais tarde, voltou onde tinha abandonado o carro dele e ainda teria disparado contra um um outro que passava lá perto.

O delegado revelou que o policial confirmou ter assassinado a vítima acreditando estar em legítima defesa, afirmando ter sido vítima de uma emboscada.

Sobre a rendição da caminhonete para fugir, falou ao GIH que havia pegado uma carona. Já com relação aos disparos no carro, que não acertaram o condutor, disse não se lembrar. Também negou ter usado cocaína.

Homicídio qualificado, constrangimento ilegal agravado pelo emprego de arma de fogo e tentativa de homicídio são os crimes que o policial deverá responder.

Valentim ressalta que a conduta do agente público foi um ato isolado, praticada em seu período de folga, por razões alheias ao serviço.

“E que as forças de segurança do Estado não compactuam, de forma alguma, com desvios de conduta de seus integrantes”, ponderou em conversa com o Portal 6.

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