Seis fatos que contribuíram para acelerar a chegada da segunda onda da Covid-19 em Anápolis

Caio Henrique Caio Henrique -
(Foto: Reprodução)

As últimas atualizações dos boletins informativos da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), responsáveis por informar a população sobre o avanço da pandemia em Anápolis, vem mostrando uma nova crescente no número de contaminados.

O fenômeno começou a ser percebido a partir da segunda metade de dezembro e continua presente em janeiro, com registros diários na casa dos 70 casos, números semelhantes ao do início da crise sanitária.

Exemplo disso é o informe divulgado pela pasta na tarde de ontem (08), comunicando um total de 168 moradores contaminados, valor expressivamente alto para os padrões que estavam sendo mantidos nos meses de outubro e novembro, por exemplo – períodos em que a curva de contágio estava decrescente.

Temendo uma “segunda onda” da Covid-19 no município, a reportagem do Portal 6 compilou uma lista com seis fatos que, acertadamente, aceleraram o processo e contribuíram para o aumento exponencial do número de infectados.

Festas de fim de ano (Natal e Ano Novo)

Recheadas não só de comidas tradicionais, mas também de pessoas, os clássicos feriados de fim de ano foram uma grande fonte de aglomerações.

As consequências de tais eventos começam a ser percebidas justamente agora, com o crescimento do registro de contaminados e o aumento no número de pessoas presenciando sintomas e procurando as unidades médicas.

Festas clandestinas

Se mesmo perto da família e amigos próximos com a justificativa de “esquecer os problemas”, o Natal e Ano Novo já provaram como a aglomeração desenfreada pode ser perigosa, o que dizer das festas clandestinas?

Bastante presente em Anápolis, especialmente nos últimos meses, as comemorações têm se tornado uma dor de cabeça não só para a Polícia Militar (PM), mas também para o restante da população, que sofre com a maior possibilidade de contágio.

Nem mesmo a proibição explícita da realização de tais eventos, inclusive com lavratura de Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), e um canal de denúncias para as ocorrências parece ser suficiente para conter os ânimos dos ‘festeiros’ que seguem insistindo na prática.

Eleições

Porém, não são apenas as atividades de lazer que podem ser colocadas como vilões da história. Isso porque a “responsabilidade cívica” de cada cidadão também contribuiu para cenários totalmente contrários ao que se adequaria às normas de prevenção da Covid-19.

Desde antes das votações de fato, as campanhas em geral reuniram diversas pessoas em carreatas e mobilizações por toda a cidade, além das tradicionais visitas dos candidatos à locais específicos e de interesse público.

Tais andanças proporcionaram diversas aglomerações, que acompanharam o período eleitoral até o momento de apertar os botões das urnas e confirmar.

Queda dos números da pandemia

Outro fator que, ironicamente, contribuiu para o fenômeno foi justamente a queda no registro de óbitos e infecções.

A ilusão de melhora ocasionou uma falsa sensação de tranquilidade e liberdade que, de forma inversamente proporcional, causou tais consequências.

Menor fiscalização

Aliada à diminuição da curva de contágio, aconteceu também o fenômeno de menor fiscalização por parte dos órgãos competentes, compreensivelmente ao fato de menos casos estarem sendo relatados.

Porém, semelhante à resposta da população em relação à queda dos números da pandemia, acabou resultando em um efeito contrário ao da causa, contribuindo para a piora do quadro municipal.

Viagens

A passagem do tempo fez com que diversos estabelecimentos e serviços fossem gradualmente liberados e voltassem ao normal.

Pontos turísticos, de hospedagem e aeroportos são ótimos exemplos disso. Tais medidas fizeram com que as viagens se tornassem práticas comuns novamente.

Por consequência, o número de casos também voltou a subir, em uma tendência mundial, agora também presenciada em Anápolis.

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