Empresário que ajudou Lázaro a se esconder vira suspeito de crime horripilante

Polícia Civil também revelou ter descoberto um áudio, em que o fazendeiro conta onde o maníaco estava dormindo

Da Redação Da Redação -
(Foto: Divulgação)

Após ser preso suspeito de ajudar Lázaro Barbosa a fugir das forças policiais, Elmi Caetano Evangelista, de 74 anos, também passou a ser investigado como o possível mandante da chacina que matou quatro pessoas da mesma família, em Ceilândia, no Distrito Federal.

Essa informação foi confirmada pela delegada Rafaela Azzi, que é responsável pelas investigações dos crimes de Lázaro e concedeu entrevista ao Fantástico para uma reportagem especial sobre a fuga do maníaco, que durou 20 dias.

“Considerando que havia um laço anterior, que o Lázaro já era conhecido do proprietário [Elmi] e que na entrevista o proprietário fala que aquela família devia um dinheiro a ele, nós não descartamos a hipótese de que ele tenha realmente usado Lázaro para cobrar a dívida, e em não recebendo, matar aquelas pessoas”, explicou.

Segundo a delegada, Elmi seria apenas um dos empresários envolvidos em uma organização criminosa que Lázaro fazia parte, juntamente com outros fazendeiros e até mesmo políticos.

Os integrantes do esquema seriam responsáveis por encomendar assassinatos para eliminar pessoas que integravam disputas de terras nas regiões de Águas Lindas e Cocalzinho de Goiás.

A Polícia Civil também revelou na entrevista que existe um áudio, encontrado no celular do idoso, que seria uma das provas de que ele realmente auxiliou o maníaco nas fugas.

“Ele está dormindo lá naquele barraco onde a mãe dele morava”, afirmou a voz de Elmi na gravação.

O advogado de defesa do suspeito, que teve a prisão temporária convertida para preventiva após a audiência de custódia, negou que ele tenha qualquer envolvimento com a chacina.

Denunciado pelo MP

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) apresentou uma denúncia à Justiça contra o fazendeiro Elmi por ajudar Lázaro na fuga e por posse de arma de fogo com sinal de identificação apagado ou adulterado.

No documento, a promotora Gabriela Starling Jorge Vieira de Mello defendeu que o idoso auxiliou o fugitivo entre os dias 18 e 24 de junho, fornecendo abrigo e comida, além de o esconder, para dificultar o trabalho das polícias que estavam procurando por ele.

Na denúncia, também é solicitado que o filho de Elmi, identificado apenas como Gabriel, seja investigado. Isso porque existiriam suspeitas de que ele tenha participado do favorecimento pessoal praticado pelo genitor.

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