Morte de bebê na Maternidade Dr. Adalberto vira caso de polícia

Família acredita em negligência e só laudo cadavérico poderá indicar o que realmente pode ter acontecido

Rafaella Soares Rafaella Soares -
Maternidade Dr. Adalberto Pereira da Silva, no Centro Anápolis. (Foto: Captura/Google Maps)

A segunda-feira (27) ficou marcada na Maternidade Dr. Adalberto, localizada no Centro de Anápolis, pela dor de uma família que perdeu uma recém-nascida logo após o nascimento.

O Portal 6 apurou que a mãe, uma mulher de 38 anos, deu entrada na unidade no domingo (27) e passou pelo parto no início da manhã seguinte. A garotinha que ela esperava, porém, teve o óbito constatado instantes depois.

Entristecida, a família acredita ter havido negligência por parte da maternidade, porque a recém-nascida estaria com uma suposta lesão na cabeça e a causa da morte não teria sido revelada para os pais.

Outra alegação por parte dos parentes da bebê é que os procedimentos de reanimação teriam demorado demais para serem iniciados e isso teria comprometido a possibilidade de ela voltar à vida.

O Portal 6 conversou com diretor geral da maternidade, Antônio Fernandes Júnior, que afirmou ter acompanhado de perto toda a situação e garantiu que nada de errado foi feito durante o atendimento da paciente.

“A família tende, na hora da dor, a se revoltar, mas estamos aqui para esclarecer. Todos os procedimentos médicos, tanto do pediatra quanto do obstetra, foram feitos. Os médicos vão emitir laudo para passar para o IML e eles vão analisar tudo”, explicou.

De acordo com o diretor, não havia lesões na bebê, apenas marcas normais e fisiológicas decorrentes do processo do parto, que teria ocorrido sem intercorrências.

“Todos os exames foram feitos antes e a paciente recebeu acompanhamento de todas as equipes. Não teve nada anormal. Mas a a família tem sim direito de questionar e saber como foi. É um procedimento normal”, afirmou Antônio Fernandes, que disse também que a maternidade está à disposição da família.

A bebê, dentro da avaliação médica, nasceu bastante debilitada e somente o laudo do Instituto Médico Legal (IML) poderá apontar o que provocou a morte, por isso a causa não teria sido informada para nenhum familiar.

Por protocolo, toda a apuração dos fatos precisará passar pela Polícia Civil para averiguar se houve ou não qualquer negligência por parte da unidade hospitalar.

Durante a apuração, e dentro da Lei, a família também deverá receber uma cópia do prontuário médico, mostrando em detalhes tudo o que foi feito no decorrer do atendimento.

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