A boa notícia para quem estava preocupado com a falta d’água anunciada em Anápolis

Após apagão de energia, até 80% do município poderia ficar desabastecido

Caio Henrique Caio Henrique -
Visão aérea da região Central de Anápolis. (Foto: Bruno Velasco)

Apesar de alguns contratempos, o curto circuito na subestação da Enel, em Anápolis, não prejudicou por completo o abastecimento de água na cidade.

A Saneago, que depende da estabilidade da energia elétrica para manter o funcionamento dos reservatórios e da captação, havia emitido um comunicado às 09h45, informando estar sem energia.

A empresa detalhou também que caso o apagão se prolongasse, teria chance de paralisação do fornecimento do Sistema Piancó, que abastece cerca de 80% do município.

Felizmente, este não foi o caso.

A Agência Reguladora Municipal (ARM) visitou a sede da companhia durante esta tarde para determinar como estava o andamento do processo de normalização.

Em entrevista ao Portal 6, o presidente da ARM, Robson Torres, explicou que, em meio às oscilações e quedas durante a manhã, a energia se encontrava estabilizada no período vespertino.

Isso fez com que os danos fossem reparados a tempo, evitando uma crise maior no abastecimento hídrico – como foi o caso depois do primeiro incidente na unidade da Enel no Recanto do Sol.

A maioria dos reservatórios opera com uma quantidade razoável de água, mantendo uma crescente com o passar do tempo.

A grande exceção fica por conta do Setor Aeroporto, que chegou a ter as porcentagens de locação próximas a zero.

Diante da problemática, os técnicos da Saneago decidiram fechar uma das válvulas do reservatório da Vila dos Oficiais e reencaminhar a água para o setor afetado.

Dessa forma, a condição não fará com que os moradores fiquem um tempo prolongado sem o recurso.

A recomendação para o pessoal da região, entretanto, ainda é usar as reservas com cautela, até a normalização total do abastecimento.

Robson também ressaltou que a Saneago “não tem culpa” pelos acontecimentos recentes.

“Em nossas visitas e nos constantes monitoramentos que fizemos, verificamos que a equipe da Saneago em Anápolis é compromissada e trabalha muito. Muitas vezes os procedimentos dependem de autorizações ou encaminhamentos de Goiânia, inclusive a comunicação”, explicou.

Segundo ele, essa burocracia com a capital afeta o andamento e a dinâmica do trabalho por aqui e é, inclusive, uma das pautas que estão sendo trabalhadas pelo órgão regulador.

“Anápolis tem direito a uma maior independência e autonomia. Não só pela comunicação, mas por outros fatores que não estão corretos”, afirmou.

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