“Não é uma tarefa simples”, diz gerente de empresa que assumiu a Rodoviária de Anápolis em condições precárias

Empresa afirmou estar cuidando dos problemas mais urgentes, mas ressaltou a dificuldade de lidar com situações macro no curto período do contrato emergencial

Davi Galvão Davi Galvão -
Imagens revelam realidade preocupante do Terminal Rodoviário Josias Moreira Braga. (Foto: Arquivo Pessoal)

Apenas alguns dias após passar a assumir oficialmente os cuidados de manutenção, conservação e limpeza relacionados ao Terminal Rodoviário Josias Moreira Braga – a Rodoviária de Anápolis – a Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico (Sinart) conversou com o Portal 6 sobre os desafios e estado precário que o local se encontra.

Gerente-geral da empresa, Selmo Oliveira afirmou, durante entrevista realizada nesta segunda-feira (22) que, embora esteja muito contente de que a Sinart tenha saído vitoriosa na licitação, reconhece também que há um longo caminho a ser percorrido.

“Realmente, a situação que a gente assumiu o terminal rodoviário estava bem precária. Lixo acumulado, falta de limpeza, além de, é claro, da falta de segurança. O que não pode fazer é deixar como está”, contou.

Desde o dia 16 de abril, data em que a companhia passou a realmente operar no terminal, ele garantiu que já foram levantados estudos acerca dos problemas mais urgentes que devem ser tratados de forma imediata.

“Com isso em mãos, nós já demos início aos trabalhos de limpeza. Equipes nossas já estão no local e começaram os serviços. Com relação ao lixo acumulado, a previsão é de que até o final desta semana, já esteja tudo normalizado”, garantiu.

Questionado sobre a falta de segurança no interior do terminal, problema este que foi trazido à tona recentemente pelo Portal 6, Selmo afirmou se tratar de uma questão bastante complexa, especialmente por envolver pessoas em situação de rua e usuários de drogas.

“A gente já está com uma equipe de seguranças no local, são sete agentes diariamente. Temos fiscalizado tudo o que acontece por lá, orientado os usuários de droga a saírem de lá, mas não é uma tarefa simples. Para isso a gente também precisa do apoio da Polícia Militar e, ainda mais importante, do serviço de assistência social do município, para poder ajudar essas pessoas”, finalizou.

Problemas demais, tempo de menos

Apesar de Selmo ter garantido que estes problemas mais urgentes, como lixo, limpeza e segurança, estarem sendo resolvidos, há outras questões de extrema importância que, por enquanto, permanecem sem previsão de serem solucionadas.

“Apesar de termos assumido, é apenas um contrato emergencial. Acaba em 12 meses. Não tem como investirmos aqui, para sanar de fato os problemas que precisam ser sanado. Afinal, não há uma garantia de que vamos continuar aqui”, contou.

Dentre estas questões que envolvem mais trabalho – e consequentemente tempo – ele destacou pontos como a reforma na cobertura do local e também cuidados com a parte elétrica das instalações.

O que diz a Prefeitura

A reportagem buscou a Prefeitura para questionar acerca do andamento do contrato, bem como a formulação de uma nova licitação para saber quando e como s Sinart ou outra empresa assumiria as instalações.

Entretanto, a administração municipal afirmou apenas que “o processo licitatório referente à rodoviária de Anápolis está em fase de estudos” e “os documentos técnicos estão sendo minutados para posterior publicação em tempo hábil”.

Leia a nota na íntegra:

A Prefeitura de Anápolis, por meio da Secretaria de Indústria e Comércio, informa que o processo licitatório referente à rodoviária de Anápolis está em fase de estudos, e os documentos técnicos estão sendo minutados para posterior publicação em tempo hábil para ampla concorrência de todas as empresas interessadas.

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