Candidaturas de Baldy e Meirelles ao Senado colocam Anápolis no centro da disputa de 2022

"Ambos têm um reduto eleitoral forte, são homens ricos e com condições de bancar as suas candidaturas caras”, analisa cientista política

Pedro Hara Pedro Hara -
Políticos vão se enfrentar nas eleições de 2022. (Montagem: Portal 6)

Faltando pouco menos de um ano para as eleições, o tabuleiro eleitoral em Goiás começa a ganhar peças importantes para a disputa. 

Na corrida pelo Senado Federal, Anápolis terá dois nomes tradicionais e que colocam a cidade no centro da disputa para 2022: Alexandre Baldy (PP) e Henrique Meirelles (PSD).

Adversários em 2022, ambos compartilham algumas semelhanças durante as trajetórias políticas. Foram ministros no governo Michel Temer (MDB) e secretários na gestão de João Dória (PSDB), em São Paulo.

Em entrevista ao Portal 6, a cientista política Ludmila Rosa apresentou alguns dos motivos que tornam Anápolis um município tão relevante nos pleitos. 

“Eu ouso dizer que a centralidade de Anápolis passa pela importância econômica que ela tem. Um polo industrial que gera empregos e concentra parte do nosso PIB. Essa centralidade estratégica e eleitoral passa pelo desempenho econômico da cidade. O DAIA não é irrelevante, as empresas optam pelo estado de Goiás por verem condições de desenvolverem as suas atividades, com benefícios e isenções”, explicou.

Além da questão econômica, Anápolis possui uma característica que a difere, por exemplo, de Goiânia: o bairrismo. O município se caracteriza pelo fato de ser um dos mais tradicionais de Goiás

“É uma cidade menos cosmopolita que Goiânia, então tem um povo anapolino. Anápolis é forjada por um povo anapolino, são de famílias históricas e tradicionais”, pontuou. 

Sobre os dois candidatos ao Senado, a cientista destaca uma característica em comum entre ambos, além das ligações com a cidade: os recursos. 

“Você pega o Meirelles, ele talvez tenha uma marca por ser de Anápolis. A pegada dele não é tão ligada à cidade quanto o Baldy, ambos têm um reduto eleitoral forte, são homens ricos, são pessoas que têm um capital declarado de e com condições de bancar as suas candidaturas que são caras”, indicou. 

Além de investir nas próprias campanhas, ambos podem integrar a chapa majoritária formada por Ronaldo Caiado (DEM). A possibilidade foi levantada por Ludmilla, já que Caiado, candidato à reeleição, ainda não definiu quem será o nome da disputa ao Senado pela chapa.

“Os dois poderiam viabilizar as candidaturas e injetar recursos em uma candidatura majoritária ao governo, que é no caso do Caiado com o Baldy e o Meirelles”, analisou a cientista social. 

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