Surto de gripe em Goiás gera corrida às farmácias e médico alerta para os riscos da automedicação

Comum entre a população, prática pode ser bastante danosa e acarretar em graves consequências

Pedro Hara Pedro Hara -
Medicamentos. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

O recente surto de gripe em Goiás provocou uma verdadeira corrida às farmácias em busca dos medicamentos para o tratamento da doença viral.

Porém nem todos aqueles que procuram os estabelecimentos tem em mãos a receita assinada por um profissional da saúde e acabam realizando a automedicação, algo recorrente entre a população.

Apesar de comum, a prática pode ser danosa. Por possuir sintomas semelhantes aos da Covid-19, por vezes o diagnóstico pode ser falho e acarretar em graves consequências.

Em entrevista ao Portal 6, o médico de família Luis Filipe Jacomossi, explicou quais podem ser os malefícios da automedicação. 

“A automedicação faz mal pois algumas doenças possuem medicamentos que fazem bem para ela, mas não para outra doença que seja bem parecida. As pessoas começam a tomar antibiótico antes de confirmar infecção e induz resistência”, afirmou. 

Luis Filipe Jacomossi é médico da família em Anápolis. (Foto: Arquivo Pessoal)

Por conta da facilidade para adquirir os medicamentos, muitos deles estão sumindo das prateleiras das farmácias em Goiás. A prática foi avaliada de maneira negativa pelo médico.

“Eu vejo a corrida às farmácias de maneira negativa. Na maioria dos casos a procura é pelo Tamiflu. Ele é um medicamento para influenza e às vezes a pessoa está com Covid e não vai ter efeito. Vão levar a escassez do medicamento”.

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