UTI de Hospital de Urgências é evacuada após surto de “piolhos de pombo”

Vários pacientes da UTI-4, acometidos por circunstâncias variadas, tiveram que ser relocados para o centro cirúrgico da unidade

Samuel Leão Samuel Leão -
Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (HUGO). (Foto: Lucas Almeida)

Uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) de Goiânia teve que ser evacuada por causa de uma infestação de “piolhos de pombo”. Tal situação aconteceu no Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (HUGO), nesta segunda-feira (22).

Vários ocupantes da UTI-4, acometidos por circunstâncias variadas, foram relocados para o centro cirúrgico da unidade, enquanto eram dedetizados os ambientes e tomadas as medidas necessárias para conter o surto.

Chamado cientificamente de pediculose, o surto foi apontado como proveniente dos pássaros do bosque situado ao lado do hospital, que seria o Parque Areião. A direção reforçou que redobrou o acompanhamento da assistência para garantir os atendimentos

Ao Portal 6, a unidade enviou uma nota, esclarecendo o ocorrido e indicando que o ambiente só será liberado após a vistoria da Vigilância Sanitária.

“Foi feita uma dedetização completa na área afetada por pendiculose. Na manhã de hoje (terça-feira, 23), será realizada uma desinfecção terminal em todos os ambientes para vistoria e liberação de enfermarias, leitos de observação e UTI para ocupação de pacientes e colaboradores”, expressou.

Confira abaixo a nota na íntegra, emitida pelo hospital acerca da situação:

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (HUGO) informa o seguinte:
– Na tarde dessa segunda-feira, 22/04, foi feita uma dedetização completa na área afetada por pendiculose. Na manhã de hoje, terça-feira, 23, será realizada uma desinfecção terminal em todos os ambientes para vistoria da Vigilância Sanitária e liberação de enfermarias, leitos de observação e UTI para ocupação de pacientes e colaboradores;
– Os postos de vigilância e segurança foram recompostos e estão com 100% de servidores;
– Colaboradores terceirizados nas áreas de limpeza e conservação, atendimento dos guichês, maqueiros e demais setores que estavam em contingência tiveram retomada integral dos serviços, retornando a integral assistência;
– A direção redobrou o acompanhamento da assistência para garantir a excelência no atendimento e humanização no trato com pacientes, acompanhantes e colaboradores.

Sobre a doença

O “piolho de pombo” na realidade se trata de um ácaro, que pica a pele humana, causando vermelhidão, coceira e pequenos inchaços. O contato com o inseto pode causar dermatozoonose, que se trata basicamente de uma alergia.

As principais formas de combater os sintomas são medicações, como anti-histamínicos, e pomadas dermatológicas, mas podem variar em cada caso e devem ser receitadas por um médico. Vale ressaltar que os pombos podem transmitir também outras doenças.

São elas a criptococose, causada por um fungo que pode até evoluir para uma meningite, e a histoplasmose. Ambas são transmitidas pelas fezes do animal e podem até oferecer risco de vida.

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