Anápolis já confirmou quase 800 novos casos de Covid-19 em janeiro

Tendência é de que pico da nova variante ocorra nas próximas semanas, alerta especialista

Caio Henrique Caio Henrique -
UTI de Covid-19 em Goiás. (Foto: Divulgação/ Secom Goiás)

Desde a passagem de ano, com todas as comemorações de Natal e Réveillon, tem crescido rapidamente o número de pessoas contaminadas por Covid-19.

O fenômeno é global e não é exceção em Anápolis, que vem registrando um aumento significativo no registro de infecções por conta do vírus.

Gerido e atualizado pela Prefeitura, o Painel da Covid é um exemplo de como o cenário pandêmico tem se agravado no município.

Até o início da tarde desta quarta-feira (12), a plataforma havia computado 775 casos apenas nestes primeiros dias do mês de janeiro.

Para fins de comparação, os meses de novembro e dezembro – nos 30 dias completos – registraram 439 e 814 contaminações na cidade, respectivamente.

A situação faz com que uma velha preocupação, naturalmente, retorne para a cabeça de grande parcela da população anapolina: “o atual cenário resultará no retorno das medidas mais rigorosas de restrição e isolamento?”

Especialista

A fim de responder essa dúvida, o Portal 6 conversou com Marcelo Daher, uma das principais referências de Goiás no que diz respeito a área de infectologia.

“O número de casos, realmente, é crescente. Temos observado uma quantidade expressiva de diagnósticos iniciais na cidade. O reflexo disso em internações, contudo, ainda é modesto, apesar de existente”, explicou.

E é essa menor taxa de conversão de diagnóstico em hospitalização que, para o especialista, mais diferencia o atual momento da pandemia dos episódios prévios – quando se fez necessário a implementação dos graus mais severos de isolamento.

“Este crescimento deve atingir seu pico nas próximas semanas. Caso se mantenha a realidade que percebemos lá fora, devemos ter uma elevação bem rápida e, então, uma estabilização e queda acentuada, logo em seguida”, estimou Daher.

“É o que está acontecendo na Inglaterra, que também vem ocorrendo na Europa e o que começou a se perceber recentemente nos Estados Unidos”, emendou.

O médico destacou também que, muito provavelmente, ocorrerá um aumento nas internações e ocupações dos leitos de UTI. Porém, em uma realidade e intensidade bem diferente da vista em março do último ano, quando o município adentrou o estágio de lockdown.

A alta taxa de avanço no ciclo de vacinação, por exemplo, é uma das causas que ameniza o potencial que a doença, outrora, teria.

“Não acredito que será da mesma maneira, mas não aconselho ninguém a se expor a doença, justamente por não sabermos quem enfrentará uma forma mais grave da Covid-19”, finalizou.

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