Chuvas em MG deixam 121 rodovias interditadas

Cinco pessoas da mesma família morreram no último sábado (8) na cidade, após o carro em que viajavam ter sido soterrado

Folhapress Folhapress -
(Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress)

Isac Godinho, de MG – Minas Gerais possui 121 rodovias estaduais e federais com obstruções totais ou parciais, devido às fortes chuvas que atingem o estado nos últimos dias. Os dados são da tarde desta terça (11), divulgados pela Polícia Rodoviária Estadual.

De acordo com o levantamento, até às 18 horas, 88 pontos estavam com interdição parcial e outros 32 pontos estavam completamente obstruídos em Minas Gerais. Além do impacto nas estradas, as chuvas já deixaram ao menos 19 mortos no estado, dez mortes foram registradas em 24 horas.

A cidade de Mariana, apresenta diversos pontos de interdição. O prefeito do município, Juliano Duarte, visitou algumas das estradas que precisaram ser interditadas. Ele utilizou suas redes sociais para mostrar a situação de alguns desses trechos.

A MG-262, que liga Mariana a Ponte Nova foi totalmente fechada. Um trecho da estrada cedeu completamente, próximo ao distrito de Furquim. Motoristas que trafegam pela região precisam utilizar caminhos alternativos, passando pelos municípios de Acaiaca ou Diogo.

Outro ponto interditado hoje na cidade está no trajeto que liga Mariana à vizinha, Ouro Preto. “Após análise dos nossos geólogos e engenheiros vamos interditar o acesso a Ouro Preto, passando por Passagem de Mariana. Essa medida é necessária para garantir a segurança de todas as pessoas que transitam nesse local”, afirmou o prefeito.

A BR-356, que liga Mariana à Belo Horizonte está parcialmente interditada, devido a queda de barreiras. Segundo a Defesa Civil do município, o principal objetivo é manter as estradas que ligam os distritos à cidade desobstruídas, para que ninguém fique isolado.

Na cidade de Nova Lima, deslizamentos de terra dificultam o acesso ao distrito de São Sebastião das Águas Claras, conhecido como Macacos. A estrada que liga a BR-040 continua interditada devido ao volume de água que impede o trânsito em uma ponte.

A ligação entre a comunidade de Capela Velha e Macacos só está sendo acessada por veículos de grande porte, pois também há uma ponte submersa. Já a MG-030, que liga Nova Lima à Belo Horizonte, apresenta quatro pontos de interdição devido a deslizamentos de Barreiras.

Nesta terça (11), um deslizamento de terras interditou vias e preocupou a população de Macacos, devido à proximidade com o dique da mina Mar Azul da Vale. A mineradora afirmou que não houve alteração estrutural ou no nível de emergência de suas estruturas e segue monitorando as barragens 24 horas por dia.

“A estrutura de contenção a jusante (ECJ) apresenta condições normais de operação e permanece estável. O acúmulo da água retida na contenção, provocado pelas intensas chuvas na região, com volume aproximado de 565 mm somente neste sábado e domingo, não interferiu na sua estabilidade e função, ou seja, a estrutura continua sendo capaz de reter os rejeitos em caso de necessidade”, disse a Vale em nota.

No sábado (8), um dique de contenção da mina Pau Branco transbordou na cidade, deixando a BR-040 interditada durante o fim de semana. A Vallourec, responsável pela mina, foi multada em R$ 288,6 milhões por danos ambientais.

Na cidade de Pará de Minas, o acesso às comunidades próximas à barragem Carioca também está prejudicado. O percurso está cheio de obstáculos como quedas de barreiras e buracos na estrada.

Em Brumadinho, também na região metropolitana de Belo Horizonte, parte da pista da BR-381, que liga BH a São Paulo cedeu. O trânsito segue fluindo em pista simples, com interdição parcial.

Cinco pessoas da mesma família morreram no último sábado (8) na cidade, após o carro em que viajavam ter sido soterrado. Os corpos foram encontrados nesta segunda (10), após buscas realizadas pelas Polícias Civil e Militar e pelo Corpo de Bombeiros.

As fortes chuvas e a interdição de vias de acesso levaram o Instituto Inhotim a anunciar que permanecerá fechado para visitantes até o dia 16. “A situação vai ser avaliada diariamente e um posicionamento em relação à próxima semana será comunicado via redes do Inhotim”, afirmou a instituição.

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