Temporada de férias é um negócio ‘bom pra cachorro’ para mercado pet em Goiânia e Anápolis

Serviço de taxi pet observa dobrar o número de atendimentos para transportar animais para diversas atividades

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Transporte de animais pode ser alternativa para donos que querem viajar ou fazer mudanças. (Foto: Arquivo Pessoal/Diogo Garcia).

A temporada de férias também é um momento ‘bom pra cachorro’ no mundo do mercado pet. O serviço de transporte de animais – também chamado de taxi pet – encontrou nesse período uma solução para os donos e uma forma de aquecer o mercado dos pet shops.

O proprietário Pet Shop Auquimia, Diogo Garcia, no Setor Pedro Ludovico, em Goiânia, explica que o mês de dezembro e janeiro são épocas positivas para a modalidade de transporte.

“As pessoas acabam solicitando o transporte quando vão viajar, principalmente para hotéis para cachorros, para não deixar o animal sozinho em casa”.

Situação parecida acontece no Pet Shop Zootopia, localizado no bairro Vila Esperança, em Anápolis. O dono do estabelecimento, Washington Alves, explicou que os pedidos praticamente dobram neste período.

“Como eu trabalho com o transporte para fazer banho e tosa também, costumam ser por volta de uns cinco [pedidos] todos os dias. Aí, nessa época, a gente faz uns 10 transportes, diariamente”.

Como funciona

Ambos os comércios fazem serviços para todas as partes das respectivas cidades, também adentrando em municípios próximos.

O preço para o transporte é calculado conforme a distância de deslocamento, somado com o valor gasto em gasolina para fazer o trajeto do pet shop até o local de coleta do animal e o trajeto até o destino.

Os donos dos estabelecimentos afirmaram não ter restrições de espécies, levando gatos, cães, pássaros, desde que caibam no carro.

Dentro dos veículos, são disponibilizadas caixas de transporte para garantir a segurança dos bichinhos. “Caso o animal seja maior, a gente coloca ele em um cinto de segurança específico”, pontou Diogo.

O proprietário do Pet Shop Auquimia destacou também que os pedidos costumam acontecer em contextos onde os donos vão viajar ou realizar mudanças e não possuem espaço dentro do veículo para o animal.

“A gente também faz muito transporte para clínicas veterinárias. Em casos onde ele [o animal] está adoentado, a gente toma um cuidado a mais, para garantir que ele não sinta incômodos”.

Situações inusitadas

Washington afirmou que cachorros que não estão acostumados a andar em carros costumam dar mais trabalho, independente da raça ou tamanho. Ele inclusive contou um sufoco que passou com um pitbull em um dos transportes.

O dono de pet shop explicou que recebeu um pedido para recolher o animal, que parecia estar perdido na rua e tinha um comportamento dócil.

“Eu coloquei ele na caixa de transporte e ele até que estava tranquilo. Mas aí, deu nem 1 km e o pitbull começou a se soltar e veio para a frente do carro”.

“Na hora que eu vi, parei o carro imediatamente e fechei os vidros, para ele não fugir. A única forma que ele ficou quieto foi quando eu amarrei ele no banco de trás, com uma guia de passeio no cinto de segurança”, relembrou.

Já no pet shop de Goiânia, Diogo revelou uma história parecida ao Portal 6, em que precisou colocar uma divisória entre os bancos da frente e os traseiros, após tomar uma patada na nuca de um husky siberiano.

“Depois disso eu coloquei essa proteção, até para não passar por situações perigosas no trânsito”, explicou.

Ele também lembrou de outro momento inusitado, onde uma família deixou ele para cuidar sozinho do transporte de dois huskys.

“Só deixaram os bichos e foram embora. Eu tive que pedir ajuda para um cara que estava passando na rua ali na hora, porque não estava dando conta, mas no final deu tudo certo”, afirmou.

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