Avanço da Ômicron pode fazer rede pública de Goiás a voltar com aulas virtuais

Situação será discutida pelo Conselho Estadual de Educação nesta sexta-feira (21)

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Início retorno às aulas. (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Goiás foi o primeiro estado no país a retornar, nesta quarta-feira (19),  para o ano letivo com aulas 100% presenciais na rede pública de ensino.

Entretanto, diante da insegurança causada pela disseminação da variante Ômicron e a vacinação pediátrica contra a Covid-19  ainda em fase embrionária, o Conselho Estadual de Educação (CEE) pode voltar atrás e adotar um sistema de aulas híbridas para os alunos. O anúncio está previsto para esta sexta-feira (21), após reunião dos membros do conselho.

A preocupação é pertinente já que, em Goiânia, por exemplo, ainda está vacinando crianças de 10 anos, antes de seguir o cronograma estabelecido para as demais idades.

Diante desse cenário, o Portal 6 conversou a doutora em Letras e professora do Instituto Federal Goiano (IFG),  Maria Luiza Bretas, para entender o que pode ser feito por esses estudantes mais vulneráveis à doença ou pais inseguros.

”A legislação ampara todas as crianças em idade escolar. Os pais podem conversar com as escolas, para chegar à melhor solução e ajudar esses alunos, como, por exemplo, enviar materiais e atividades para a casa.”

Além disso, a questão das dificuldades e falta de disponibilidade de recursos tecnológicos para manter as atividades em modo remoto ou híbrido foi levantada pela professora.

“A sociedade precisa entender as limitações que temos. Embora as escolas tenham equipamento, não é suficiente para dar conta de toda demanda da rede. É impossível manter um ensino híbrido, não há quem dê conta”, argumentou.

A professora destacou que a volta do ensino presencial deve afetar positivamente todos os alunos que retornam às escolas , após um longo período de confinamento e distanciamento de atividades sociais.

“Eu tenho 62 anos de idade, sou professora há muito tempo, e nunca tinha visto uma quantidade tão grande de estudantes tendo crises de ansiedade como nesses dois anos”.

“Estamos esperançosos que teremos um ano muito melhor do que foram esses últimos. As taxas de contaminação preocupam, mas estamos conscientes de que precisamos do retorno presencial”, complementou.

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