Após morte de paciente, família autoriza doação e HEANA capta rins para salvar outras vidas

Foi o primeiro procedimento realizado em 2022 e unidade lembra que, para se tornar um doador, basta deixar manifestado este desejo

Lucas Tavares Lucas Tavares -
(Foto: Felipe Gomes)

Aconteceu nesta sexta-feira (28) a primeira captação de órgãos de 2022 em Anápolis. O doador foi um paciente de 63 anos que veio a óbito no Hospital Estadual de Anápolis Dr. Henrique Santillo (HEANA).

No procedimento, possível somente devido ao consentimento da família, foram captados dois rins. O nome e demais informações sobre quem recebeu o órgão não é divulgado, conforme determina a legislação brasileira.

“A única forma de se tornar um doador de órgãos é avisando a família sobre o seu desejo, para que, em caso de óbito, os familiares optam pela autorização da doação”, afirmou Valdete Alves de Moura, coordenadora da Comissão Intrahospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do HEANA.

Além da equipe médica, participam da captação profissionais da psicologia e assistência social devido a grande emoção em torno deste ato. Esses especialistas ficam em contato direto com familiares, do inicio ao fim do procedimento.

Importante salientar que a cirurgia para esta finalidade não desconfigura e nem deforma o corpo do doador e geralmente acontece no hospital em que o paciente estava recebendo assistência médica.

Números

De acordo com a unidade, no ano de 2020 foram registradas 56 notificações de Morte Encefálica (ME) no HEANA. Destas, 11 doações deram-se de maneira efetiva, totalizando 33 órgãos e tecidos ofertados (08 córneas, 20 rins, 04 fígados e 01 coração).

Já em 2021, foram 71 notificações de ME. Destas, 07 doações devidamente efetivadas, totalizando 23 órgãos e tecidos ofertados.

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