Perita que forjou o próprio atentado em Caldas Novas queria voltar para Anápolis e ficar com a família

Secretário de Segurança Pública já adiantou que Káthia Mendes Magalhães será demitida e responderá por diversos crimes

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Rodney Miranda, titular da Secretaria de Segurança Pública em Goiás (Foto: Augusto Araújo/Portal 6).

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou que Káthia Mendes Magalhães, diretora da Polícia Científica de Caldas Novas que forjou o próprio atentado, já foi afastada do cargo e deve responder por uma série de crimes.

Essa medida foi anunciada pelo titular da pasta, Rodney Miranda, em entrevista coletiva realizada em Goiânia na tarde deste sábado (12).

“Ela vai ser indiciada por diversos crimes. Fraude processual, peculato, porte ilegal de arma de fogo, porque ela cedeu a arma [ao colaborador que fez o disparo], entre outros crimes”, adiantou o secretário.

Rodney Miranda disse ainda que Káthia também vai responder um processo disciplinar e deve ser denunciada, condenada e demitida do serviço público.

Questionado pelo Portal 6 sobre a decisão de divulgar o desfecho do caso, o secretário pontuou que a gravidade da situação pesou e que, por isso, a sociedade precisava compreender como tudo aconteceu.

“Nós temos que esclarecer à população que não foi um atentado, esclarecer aos nossos pares [colegas de profissão] que não foi um atentado, para não criar um clima de preocupação diante dessa situação”.

Além do responsável pelo tiro, a PC não descarta a participação de outro envolvido porque inicialmente a diretora alegou que duas pessoas a ajudaram na fraude.

Durante a entrevista, Marcos Egberto, superintendente da Polícia Técnico-Científica em Goiás, contou ainda que a servidora já havia manifestado o desejo de sair da unidade de Caldas Novas e havia um processo em andamento para que isso ocorresse.

“A gente só pediu para que ela aguardasse a gente conseguir um substituto e ela concordou prontamente. A gente já tinha tirado ela do expediente, para fazer plantões, o que era o desejo dela”, afirmou.

Marcos Egberto, superintendente da Polícia Técnico-Científica em Goiás. (Foto: Augusto Araújo/ Portal 6).

Egberto também ressaltou que o desejo inicial de Káthia era a transferência para Anápolis, onde ela tem família e já atuou como escrivã.

“Não sendo possível, ela havia passado para nós que sair da chefia e do expediente já atendia, ela ficaria satisfeita. Nunca houve uma negativa. Era uma questão de tempo e ela era ciente disso”, complementou.

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