Foi por motivo fútil que jovem ateou fogo na colega em colégio de Goiânia

Caso já foi remetido ao poder Judiciário e a autora pode pegar até 30 anos de cadeia

Pedro Hara Pedro Hara -
Delegada Marcella Orçai, responsável pela investigação do caso. (Foto: Arquivo Pessoal)

O inquérito que investiga o caso da estudante de 19 anos, que ateou fogo em uma colega de escola, de 17, foi concluído pela Polícia Civil (PC).

Nesta terça-feira (12), a delegada Marcella Orçai, responsável pelas investigações, deu mais detalhes sobre o crime que ocorreu no dia 31 de março, no Colégio Estadual do Setor Palmito, no Jardim Novo Mundo, em Goiânia.

A hipótese inicial era de que o ataque teria sido motivado por bullying. Entretanto, ao Portal 6, ela afirmou que esta possibilidade foi descartada e durante as investigações descobriu-se que a agressão ocorreu por motivo fútil.

“Para os policiais militares, a autora afirmou que sofria bullying da vítima. Ela não narrou episódios frequentes, mas disse que ela implicava com o bronze dela”.

“Com a oitiva dos amigos e das pessoas próximas não ficou comprovado, ninguém presenciou esse tipo de animosidade entre as duas. Nós acreditamos é que possa ter havido um engano por parte da autora que se sentiu incomodada com alguma fala da vítima com outras pessoas”.

A delegada também destacou a frieza da jovem após o episódio.

“As duas estavam no horário do recreio. Aos policiais que atenderam a ocorrência, ela falou que esperou a vítima ficar de costas para atear fogo. Depois ela foi andando calmamente para uma sala de aula, onde foi chamada por funcionários da escola e detida até a chegada da Polícia Militar”.

Além dos itens para colocar fogo no corpo da colega de escola, a suposta autora estava portando uma faca e algumas lâminas no momento do crime. Marcella Orçai acredita que elas não foram utilizadas pois acreditava-se que o fogo seria suficiente.

“O que nós acreditamos é que ela imaginou que a quantidade de fogo que ela conseguiu atear na vítima seria suficiente para matá-la, por isso que ela não utilizou a faca e as lâminas, mas ela estava com os itens na cintura”.

O caso já foi remetido ao poder Judiciário. Caso condenada, a jovem pode pegar uma pena alta.

“Houve o indiciamento da autora pelo crime de tentativa de homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, dificuldade de defesa da vítima e uso de fogo. A pena pode variar de 12 a 30 anos”.

 

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