Projeto de Lei quer proibir que mães sejam barradas de entrar em instituições de ensino com os filhos na capital

Autora da proposta, vereadora Aava Santiago busca evitar situações semelhantes a que ocorreu com a universitária Isadora Kelwen

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Projeto de Lei quer proibir que mães sejam barradas de entrar em instituições de ensino com os filhos na capital
Vereadora Aava Santiago durante audiência pública para discutir Plano Diretor. (Foto: Divulgação/Câmara Municipal de Goiânia)

Um projeto de lei quer garantir a entrada e permanência de mães com filhos pequenos em instituições de ensino públicas e privadas, em Goiânia.

Proposto pela vereadora Aava Santiago (PSDB), a matéria surgiu a partir do caso ocorrido no dia 28 de abril, em que o Centro Universitário de Goiás (UniGoiás), barrou a entrada de uma aluna que estava acompanhada da filha de apenas um ano e quatro meses.

Ao Portal 6, Aava afirmou que os espaços constitucionais não possuem o direito de privar a entrada de pessoas que levam os filhos até o local.

“Eu sei que nenhuma mãe quer que o filho a acompanhe na faculdade, mas tem dias que ocorrem imprevistos e não tem como. Nesses dias em que não pudermos, a instituição vai fechar as portas para nós?”, rebate.

De acordo com a parlamentar, a proibição e exclusão de mães nesses espaço vai contra os estudos que apontam o envolvimento e o desempenho delas na universidade.

“Isso não é correto e nem justo, até porque vários indicadores apontam que mulheres que são mães são mais aplicadas porque se tornar mãe e universitária tem que ter foco. Além de serem profissionais mais comprometidas”, afirma.

Como forma de homenagem, o projeto recebeu o nome Isadora Kelwen, universitária que foi barrada de entrar na unidade de ensino.

Segundo Aava, ela entrou em contato com a vítima para falar sobre a criação proposta e o intuito do projeto.

“Eu entrei em contato com ela para ver se ela achava que o projeto iria para frente e ela ficou bastante feliz. Disse que nunca recebeu uma iniciativa assim”, revela.

“Acho que assim como a história da lei Maria da Penha, o projeto Isadora também pode ser um marco histórico no Brasil”, completa.

Em conversa ao Portal 6, Isadora afirma que ficou bastante emocionada ao saber da iniciativa e que considera o ato um marco para todas as mães.

“Eu fiquei muito feliz e lisonjeada. Isso é muito importante não só pra mim, mas para todos os que estão passando por uma situação similar. É muito gratificante poder proporcionar isso para outras mães”, diz.

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