Quadrilha que agia da cadeia e aplicava golpes em Goiás é condenada a mais de 270 anos de prisão

Quatro integrantes da organização criminosa, que lesou 37 pessoas em 2019, já estavam presos e comandavam esquema direto da POG

Rafael Tomazeti Rafael Tomazeti -
Entrada da Penitenciária Odenir Guimarães, de onde os bandidos agiam. (Foto: Reprodução/MPGO)

A Justiça de Goiás condenou seis pessoas por aplicar golpes na OLX. De acordo com a investigação, pelo menos 37 pessoas foram lesadas entre abril e agosto de 2019 pela quadrilha. Somadas, as penas passam de 271 anos.

A decisão é da juíza Placidina Pires, da Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e de Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores.

Dos condenados, quatro já cumprem pena na Penitenciária Odenir Guimarães, em Aparecida de Goiânia. A investigação mostrou que Márcio Rodrigues Correa, Luciano Dias Ferreira Rodrigues, Rafael Lennon da Silva e Wanderson Gonçalves Dias Rocha praticavam os golpes de dentro do presídio.

O quarteto era responsável por encontrar anúncios no site, entrar em contato com as vítimas e falsificar comprovantes de pagamento. Depois disso, os bandidos fingiam que já haviam finalizado a transação da venda.

O grupo ainda usava a identidade das vítimas para executar novas fraudes. A operação incluía a contratação de um mototaxista para buscar os produtos, que eram, na maioria das vezes, computadores e aparelhos celulares, posteriormente entregues nas casas de comparsas.

A organização criminosa tinha ainda duas mulheres, Léia Meschick e Simone Alves de Lacerda, que eram responsáveis por vender os produtos na feira de Ceilândia, no Distrito Federal. Elas também depositavam o dinheiro do crime em contas bancárias indicadas pelos mandantes.

Márcio Rodrigues Correa foi condenado à maior pena, de 99 anos, dois meses e 20 dias de prisão. Luciano Dias Ferreira Rodrigues pegou 74 anos de cadeia. Rafael Lennon da Silva e Wanderson Gonçalves Dias Rocha receberam, respectivamente, penas de 58 anos e 22 anos de reclusão.

A magistrada impôs punição de 11 anos de prisão a Léia Meschick e outros sete anos de cadeia a Simone Alves de Lacerda. A última poderá cumprir pena no regime semiaberto. Todos os outros foram condenados ao regime fechado.

 

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