Defensoria de Goiás quer saber se escola militar fez alunos ficarem sem agasalhos em frio de 5ºC

Subcomandante teria dito que “quem não tem dinheiro para adquirir o agasalho da instituição não é merecedor" de estar na unidade

Isabella Valverde Isabella Valverde -
Colégio possui 48 horas para responder a solicitação da Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO). (Foto: Reprodução)

Após denúncias de uma suposta proibição de agasalhos, no dia mais frio já registrado em Goiânia para o mês de maio, a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) pediu explicações ao Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás, situado no Jardim Guanabara, em Goiânia.

A defensoria encaminhou o ofício com a solicitação nesta sexta-feira (20) e a instituição de ensino possui 48h para responder.

O caso aconteceu na quinta-feira (19), quando os termômetros na Capital chegaram a registrar 5°C e mais de 30 alunos do colégio, que não tinham o paletó próprio da instituição, teriam sido obrigados a ficar sem agasalhos.

Ainda segundo as denúncias, um subcomandante da instituição teria falado aos estudantes que “quem não tem dinheiro para adquirir o agasalho da instituição não é merecedor do colégio militar”.

O coordenador do Núcleo Especializados de Direitos Humanos (Nudh), da DPE-GO, Marco Túlio Felix Rosa, apontou no requerimento que a atitude viola até mesmo os direitos humanos.

“A suposta atitude por parte do Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás, situado no Jardim Guanabara, é discriminatória e viola a dignidade e os direitos humanos dos estudantes, infringindo as disposições constantes na Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente”, afirmou.

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