Anapolino supera dificuldades de doença, vira atleta e conquista 4 ouros em campeonato brasileiro

Carlos Alberto Soares começou no esporte em 2016 e até representou o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio

Lucas Tavares Lucas Tavares -
Anapolino faz sucesso nas provas de paraciclismo. (Foto: Reprodução/Instagram)

Sem patrocínios, o anapolino Carlos Alberto Soares, de 27 anos, conquistou quatro medalhas de ouro no Campeonato Brasileiro de Ciclismo de Pista.

Atual líder do ranking mundial de Paraciclismo, ele vive apenas com a renda do programa Bolsa Atleta.

“É o que está me mantendo no esporte. É uma modalidade que requer muito dinheiro, com bicicleta, equipamentos esportivos, alimentação. Se colocar tudo na caneta, é um gasto alto”, falou o atleta ao Portal 6.

Esta edição do Campeonato Brasileiro aconteceu no Velódromo do Rio de Janeiro, local conhecido mundialmente pela qualidade da pista e pelos Jogos Olímpicos de 2016, entre os dias 19 e 22 de maio.

As categorias vencidas por Carlos foram a Scratch, onde todos os pilotos iniciam a corrida juntos com o objetivo de terminar primeiro, perseguição individual, 200 metros lançado e Omnium.

 

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“Vencer sempre é bom, é uma sensação muito boa. Eu fico sempre feliz de estar melhorando minha performance, conseguindo melhorar meus resultados na pista, onde não é o meu forte ainda”.

A especialidade dele é o Ciclismo de Estrada, modalidade na qual recentemente conquistou o 5º lugar na Copa do Mundo da Bélgica, na prova de contrarrelógio.

Na segunda etapa da mesma competição, na Alemanha, Carlos acabou desclassificado após cometer uma infração, ao passar por fora de um dos cones da pista. “Sem dúvidas isso foi um grande aprendizado que não quero cometer jamais”, disse nas redes sociais.

Segundo ele, as próximas competições serão decisivas. A primeira delas acontecerá no Canadá e em seguida será a vez do Mundial de Estrada.

“Essas competições são para conquistar pontos que ajudam a seleção a abrir mais vagas. Aos poucos vou conseguindo meu espaço e melhorando minhas marcas”.

Diagnosticado com paraparesia espástica aos 06 anos, uma doença que dificulta a locomoção, ele iniciou a vida de atleta em 2016 e no ano seguinte já conquistou o primeiro título nacional.

Em 2021, Carlos foi um dos representantes do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, mas não conquistou medalhas. No Brasileiro, agora, ele já soma 12 medalhas.

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