Quase 40% dos municípios goianos já estão em situação crítica pela Covid-19

Temendo novo pico de casos, prefeituras determinam a volta do uso de máscara em locais com aglomeração

Emilly Viana Emilly Viana -
Especialista avalia que cenário de agravamento de casos pode chegar a Goiás. (Foto: Divulgação / Governo de Goiás)

Dos 246 municípios de Goiás, 97 estão no cenário mais crítico em relação ao número de casos de Covid-19. De acordo com monitoramento da Secretaria de Saúde de Goiás (SES-GO), a média de infecções nesta parcela é de 22 mil a cada 100 mil habitantes.

A cidade de Jussara, na região Oeste do estado, é uma das que sofrem com o aumento dos contaminados. Nesta quarta-feira (08), a obrigatoriedade do uso de máscara em locais abertos ou fechados com grande circulação de pessoas foi retomada pela Prefeitura.

Na decisão, as autoridades locais ressaltam que só nos últimos 14 dias somam 227 casos registrados. Por esta razão, também foi restringida em 75% a lotação máxima em estabelecimentos comerciais e industriais, além de eventos festivos e esportivos.

Um dos principais destinos turísticos do estado, a Cidade de Goiás também passa pela mesma situação. Em maio, a Prefeitura voltou a exigir o uso de proteção facial em ambientes fechados como forma de prevenção à doença, após as autoridades sanitárias perceberem um crescimento acentuado dos casos.

Na semana seguinte à medida, o número de infectados foi de 21 para 24. Porém, logo após o aumento, o município observou uma queda de 84%, com o registro de quatro casos em sete dias.

Especialista alerta

O infectologista Boaventura Braz avalia que este é o momento para endurecer as medidas de enfrentamento à pandemia. “As internações podem seguir em baixa na nossa região, mas em São Paulo, por exemplo, o aumento do agravamento dos pacientes, principalmente daqueles com saúde mais debilitada, já é uma realidade”, adverte.

O especialista recomenda, inclusive, a volta do uso de máscara em locais fechados e com aglomeração. “Eu fui contra a desobrigação da máscara naquele primeiro momento. Considerei uma ação política, para dizer que a pandemia acabou, o que não bate com a situação epidemiológica que estamos vivendo”, analisa.

Para o médico, é justamente a desobrigação da proteção que contribuiu para a alta na transmissão do vírus. “Não podemos nos esquecer de que lidamos com novas variantes e subvariantes. Temos a sorte que as atuais levam a menos internações e óbitos, porém o potencial transmissível é muito maior que anteriores”, enfatiza.

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