Eleições podem travar concessão do Centro de Convenções de Anápolis

Prefeitura já enviou documentação necessária ao Governo de Goiás, mas período de campanha pode oferecer empecilho legal

Lucas Tavares Lucas Tavares -
Vista aérea do Centro de Convenções de Anápolis. (Foto: Divulgação)

A concessão do Centro de Convenções à Prefeitura de Anápolis corre o risco de atrasar. A Administração Municipal já enviou a proposta ao governo estadual, mas ainda não houve resposta. Ademais, o período eleitoral pode tornar o processo mais moroso.

Pela legislação eleitoral, o governador Ronaldo Caiado, que concorre à reeleição, tem apenas até sábado (02) para participar de atos públicos de entrega ou lançamento de obras e benfeitorias, incluindo o próprio contrato de concessão.

Não há nada que impeça que a estrutura passe para a gestão municipal durante a campanha. Porém, no ritmo das eleições, fontes ouvidas pelo Portal 6 não estão otimistas para a assinatura do documento a curto prazo.

Já inaugurado por três governadores diferentes, o Centro de Convenções está sob responsabilidade do estado. Somente a manutenção do espaço, sem a realização de qualquer evento, custa R$ 200 mil mensais aos cofres públicos.

Prefeitura aguarda governo

A Prefeitura de Anápolis tenta reverter o quadro de marasmo e tornar a estrutura finalmente atrativa e rentável. O secretário de Indústria, Comércio, Inovação, Trabalho, Turismo e Agricultura, Alex Martins, afirma que o processo está encaminhado e que basta a autorização de algumas autoridades para se concluir.

“Depende hoje, exclusivamente, de um posicionamento do Governo do Estado. Houve várias conversações com Secretaria de Desenvolvimento e Inovação (Sedi). Estamos aguardando o pronunciamento da Procuradoria-Geral do Estado para efetivarmos essa parceria”, disse ao Portal 6.

Segundo ele, os dois entes executivos envolvidos se propuseram a fazer a parceria, pela importância do lugar e a falta de uso dele.

“Queremos assumir definitivamente aquele. hoje é um espaço que tem uma despesa estrutural, que necessita o mínimo para estar aberto, segurança, limpeza, internet”, afirmou.

O valor de R$ 200 mil mensais que a Prefeitura desembolsaria para cobrir os custos de manutenção do Centro de Convenções, argumenta, não sairia mais caro do que já está.

“Independentemente, quem paga essa conta é a população de modo geral. Se pudéssemos ter eventos, pelo menos estaríamos dando condições para as pessoas gerarem emprego e negócios”, explicou.

O espaço, segundo ele, poderia ser usado para grandes convenções, atividades acadêmicas e profissionalizantes, mesas de debate, simpósios e feiras diversas.

A reportagem procurou a Procuradoria-Geral do Estado de Goiás e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Inovação e questionou sobre o trâmite do processo de concessão, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto para manifestação.

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