Cresce número de casos suspeitos de varíola dos macacos em Goiás

Notificações foram registradas em Goiânia, Aparecida e Mineiros

Emilly Viana Emilly Viana -
Doença, segundo especialista, deve ser encarada com alerta no estado. (Foto: Reprodução)

O número de casos de varíola dos macacos em investigação em Goiás, que foram notificados à Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), teve acréscimo nesta quinta-feira (07). Com mais uma suspeita de infecção, o estado contabiliza oito notificações.

Destas, duas já foram descartadas pela pasta. As outras seis aguardam exame laboratorial de confirmação. Dos casos investigados, três são de Goiânia, dois de Aparecida e um de Mineiros.

A SES informou que nove contatos mais próximos destas pessoas também estão sendo rastreados e monitorados pela Vigilância Epidemiológica Municipal. Até o momento, contudo, o estado não tem casos confirmados da doença.

Para ser considerado caso suspeito, o paciente tem que apresentar, a partir de 15 de março deste ano, início súbito de erupção cutânea aguda de varíola dos macacos. As lesões, múltiplas ou única, podem estar em qualquer parte do corpo, sendo associada ou não a febre.

Também é avaliado o histórico de viagem a países com casos confirmados nos 21 dias anteriores ao início dos sintomas. Segundo a Saúde Estadual, pessoas que tiveram contato com os supostos infectados podem entrar na lista.

Notificada a suspeita, é feita a coleta de amostras do paciente, que são encaminhadas para o Laboratório Estadual Central de Saúde Pública (Lacen-GO). Alguns materiais, no entanto, são enviados para análise no laboratório da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Cenário de “alerta”

Ao Portal 6, o médico infectologista Boaventura Braz avalia que a situação epidemiológica de Goiás não é tranquila.

“É um alerta, sem dúvidas, e ainda há muita ignorância sobre a doença. Temos que olhar para o Brasil e para o mundo, e educar a nossa população para evitar e reconhecer a infecção”, afirma.

Até esta quinta-feira, 142 casos foram confirmados no Brasil. No mundo, esse número chega a 7.110.

O especialista diz que reforçar os cuidados, sobretudo no sentido de evitar contato humano com desconhecidos, é fundamental. “O risco de contágio e gravidade é bem menor que a Covid-19, mas ainda sim requer atenção e cuidado. Conhecimento será crucial”, indica.

Braz explica que a vacina para a doença ainda não está disponível no país. “Vários órgãos e entidade estão discutindo a viabilidade do imunizante. Com certeza o estudo deve avançar com o crescimento de casos”, projeta.

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