PCB pode se unir a outros partidos de esquerda, mas descarta PT em Goiás

A pré-candidata ao Governo de Goiás pela legenda, Helga Martins, foi sabatinada pelo Portal 6 nesta quinta-feira (07)

Emilly Viana Emilly Viana -
Para Helga Martins, partidos devem estar alinhados com pautas do socialismo. (Foto: Pedro Hara / Portal 6)

A pré-candidata ao Governo de Goiás pelo PCB, Helga Martins, afirma que o partido está aberto a alianças com outros partidos de esquerda, desde que alinhados com o socialismo. Neste cenário, uma união de propostas com o PT está descartada.

“Nós entendemos que desde a década de 1990 há uma desconfiguração [do PT] e uma aposta em um conteúdo programático que retira o socialista e a reorganização da nossa classe como horizontes a serem construídos. Pontos fundamentais para nós”, diz.

O diálogo, porém, é estendido a outras siglas. “Nós temos uma leitura de projeto de sociedade socialista, anticapitalista e anti-imperialista. Por isso o PSOL, Unidade Popular e PSTU estão neste leque de opções de alianças possíveis”, aponta.

Entre as prioridades do PCB para as eleições deste ano, está a revogação das reformas trabalhista e previdenciária. “Nós precisamos destas retiradas e de evitar tantas outras reformas que são consideradas necessárias para o enxugamento do estado, mas na verdade aprofundam esse fosso que nós temos de desigualdade social do Brasil”, avalia.

Para ela, estar alinhado com tais pontos é questão irredutível. “Não é o abraço de todo e qualquer aliado que vai fazer essas pautas serem prioridades. Se as demais organizações e partidos de esquerda abraçarem as causas, com certeza vamos construir um conteúdo programático que tenha tática para além de vencer a ultradireita nas eleições”, pontua.

Caso contrário, o PCB seguirá sozinho. “Sem esses fundamentos, não é uma frente para superar de fato o atual cenário, mas para conquistar em um sentido muito limitado. Nosso compromisso é com a classe trabalhadora, não é com partidos”, assevera.

Helga é professora de Direito Agrário pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e crítica do modelo atual do agronegócio goiano. “Nós ainda temos grandes propriedades nas mãos de poucos, que ainda somos um país fundamentalmente agroexportador e dependente de tecnologias externa. Isso fomenta uma divisão desigual no campo e manutenção da exploração do trabalhador rural”, conclui.

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