Gretchen lança nova música e critica Bolsonaro: ‘Houve retrocesso em tudo’

Artista afirma que canção é uma resposta à intolerância de modo geral

Folhapress Folhapress -
*ARQUIVO* SÃO PAULO, SP, BRASIL, 27.07.2017 – Gretchen mostra as tatuagens que fez nos braços para esconder a cicatrizes de uma cirurgia plástica – Retrato da cantora Gretchen para entrevista à Folha, coluna Mônica Bergamo, em São Paulo (SP). A reportagem acompanhou Gretchen em um dos seus show no Brasil e a entrevista com a presença de seu filho Thammy Miranda e da cantora Simony. (Foto: Marlene Bergamo/Folhapress)

MARTHA ALVES
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Rainha do rebolado e dos memes da internet, Gretchen, 63, canta e dança contra o preconceito racial, de orientação sexual e de classe social em sua nova música, “Fênix do Amor”, lançada nesta sexta-feira (15) nas plataformas digitais e com videoclipe no canal da cantora no YouTube. Ela também aproveita para mandar um recado aos haters: eles não vão conseguir apagar o seu brilho.

Gretchen afirma que a música, composta pelo filho Gabriel Miranda e com arranjos do marido, o saxofonista Esdras de Souza, é uma resposta à intolerância de modo geral. Para ela, a ave mitológica que ressurge das cinzas e está na letra e no refrão da canção representa o negro, a comunidade LGBTQIAP+ e as mulheres que sofrem com o preconceito diariamente. “Essa música fala de tudo isso, não importa o que a gente seja, o que ganha, o que é. Tem que ser o que a gente é, e ponto final.”

No clipe de “Fênix do Amor”, Gretchen aparece vestindo uma fantasia de fênix com penas vermelhas e pretas dançando a música pelas ruas do comércio de Belém do Pará, acompanhada do marido. Em outro trecho do clipe, o casal usa uma roupa com listras coloridas que remetem às cores da bandeira do orgulho LGBTQIAP+. “O clipe é bem colorido, quem prestar atenção vai entender a minha mensagem.”

Perguntada sobre como avalia o atual governo federal, Gretchen admite ser um dos muitos brasileiros que estão à espera do fim do mandato de Jair Bolsonaro (PL).

“Só se eu fosse cega e omissa eu não diria que houve retrocesso em tudo [neste governo]. A agressão, a violência, tudo isso é resultado do que está acontecendo”, diz a mãe de Thammy Miranda, que é vereador em São Paulo pelo mesmo do presidente -no final de 2021, ele chegou a anunciar que deixaria a legenda quando foi Bolsonaro se filiou, lembrando que já sofreu ataques de familiares do presidente, mas isso não se concretizou.

A cantora afirma ainda que acha importante como artista se posicionar politicamente e diz que fará isso no momento certo. Sem citar nomes de candidatos, ela diz que gostaria de ver uma mulher no poder, mas precisa esperar para saber o que vem por aí. “Eu sei que tem uma mulher pré-candidata [Simone Tebet, do MDB], mas quero ouvir mais dela, não a conheço direito. O que eu quero realmente é mudança, disso eu não tenho dúvida.”

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