Aumenta a preocupação com transmissão da varíola dos macacos em Goiás e prefeituras têm novo prazo para notificação

Até o último boletim, o estado havia registrado quatro casos confirmados e seis suspeitos da doença

Emilly Viana Emilly Viana -
Doença é caracterizada por aparições de caroços e bolhas na pele dos infectados. (Foto: Reprodução)

Os protocolos para o enfrentamento da varíola dos macacos em Goiás foram atualizados nesta sexta-feira (15), após capacitação de 330 profissionais da rede pública e privada no estado. Agora, as infecções pelo vírus monkeypox (varíola dos macacos) devem ser notificadas em até 24 horas.

Até o momento, Goiás registra quatro casos confirmados da doença e seis suspeitas. Com alta transmissibilidade, a varíola dos macacos é caracterizada, sobretudo, por lesões doloridas na pele. Apesar de baixa letalidade, especialistas alertam para a ocorrência em pessoas imunossuprimidas, gestantes, crianças e idosos.

Neste ano, 250 profissionais, de modo presencial, e cerca de 80, acompanhando remotamente, já passaram por três treinamentos ministrados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO). As palestras têm foco no rastreio e monitoramento dos casos, fluxo laboratorial e de assistência nas unidades de saúde.

Segundo os técnicos da secretaria, é de extrema importância tanto a detecção precoce dos casos suspeitos nas unidades de saúde, como a notificação e o isolamento, rastreio e monitoramento de contatos, a fim de conter a cadeia de transmissão. A conduta deve ser seguida à risca pelos municípios, por meio de planos de contingência contendo todas as informações repassadas nas capacitações.

A SES ressalta que a doença não tem relação com macacos no Brasil, já que a contaminação no país é apenas em humanos. A pasta reforça, ainda, que o monkeypox pode ser transmitido por meio de contato íntimo com secreções, gotículas de saliva e objetos compartilhados contaminados.

Rede de referência

De acordo com os protocolos, os pacientes com suspeita devem ser isolados e receber máscaras de proteção. Em seguida, os profissionais devem fazer o rastreio dos contatos e se protegerem com Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), visto que o contato prolongado com os infectados os tornam fontes de possível contágio.

Os enfermos serão tratados na Atenção Primária de Saúde com diagnóstico diferencial, assistência, coleta de amostra para teste laboratorial e monitoramento. Caso o paciente apresente sinais de gravidade para indicação de internação hospitalar, o Complexo Regulador Estadual (CRE) deve ser contatado para solicitar internação.

Os hospitais destinados à internação, conforme as macrorregiões são: o Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), em Goiânia, para toda região Central, Oeste e Nordeste, bem como o Hospital Estadual da Criança e da Adolescente (Hecad) e o Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP), em Aparecida de Goiânia, para a região Central e Sudeste do estado.

Na região Sudoeste, o Hospital Estadual de Santa Helena de Goiás (Herso), em Santa Helena, e o Hospital Estadual de Jataí Dr. Serafim de Carvalho. Para as regiões Centro Norte e Nordeste, as unidades são o Hospital Estadual de Anápolis (Heana) e o Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), em Uruaçu.

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