Caso de “césio” em Anápolis acende alerta para descarte de lixo hospitalar

Catador que guardava cápsula disse tê-la encontrada enquanto vasculhava itens na rua

Isabella Valverde Isabella Valverde -
Material estava em lata de lixo hospitalar. (Foto: Rotam)

A suspeita de uma possível cápsula de Césio que movimentou Anápolis na última semana acendeu um alerta na cidade a respeito do descarte de lixo hospitalar.

O homem que guardou o material disse tê-lo encontrado enquanto catava itens na rua, há dois anos. A legislação, porém, exige que os hospitais descartem com cautela todo equipamento que é utilizado na unidade de saúde.

Gúbio Dias Pereira, diretor de Vigilância em Saúde do município, afirmou ao Portal 6 que o descarte destes resíduos, assim como o próprio acomodamento e separação, é regulamentado pela Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 222/2018.

Segundo o diretor, a responsabilidade, tanto da segregação, como do próprio transporte, é exclusivamente do produtor. Ou seja, “quem produz tem que ser o responsável por dar destino a esse lixo, podendo fazer isso por conta própria, ou por meio da contratação de uma empresa terceirizada”.

Os negócios privados voltados para tais serviços são todos licenciados e fiscalizados de perto pela Vigilância Sanitária, de modo a acompanhar a situação dos veículos voltados para o transporte e a saúde dos trabalhadores.

“Tem todo um acompanhamento, desde a questão da saúde do trabalhador, dos veículos de transporte, até o próprio destino final, que pode ser incinerado, as vezes ele precisa passar por um tratamento químico, as vezes ele tem algum outro tipo de tratamento prévio, ou pode ser depositado em um aterros especiais”, explicou.

Após todo o espanto vivenciado pelos anapolinos na última sexta-feira (19), com a descoberta de um possível elemento radioativo comumente utilizado em máquinas de raio-x, Gúbio reforça que não existe mais esse risco em todo o território goiano.

“Em relação ao Césio, eu garanto, no estado de Goiás, não existe mais nenhuma cápsula de Césio ativa. Todas elas, ao longo dos anos, foram monitoradas, rastreadas e devidamente descartadas nos locais adequados. Então, não existe mais cápsula de Césio radioativo”, destacou.

Mesmo ainda existindo outros objetos radioativos utilizados em alguns tratamentos hospitalares, como a radioterapia, o profissional garante que não existem riscos, pois são todos minunciosamente monitorados tanto pela Vigilância Sanitária, como pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

Em caso de dúvidas a respeito da radioatividade ou não de algum utensílio desconhecido, o profissional enfatiza a importância de se buscar por uma ajuda especializada.

“Em uma remota possibilidade de um aparelho, ou um cabeçote, ser encontrado em um ferro velho, lixão ou alguma coisa do tipo, a primeira coisa a se fazer é diante de algum sinal de dúvida é contatar as autoridades sanitárias e competentes. Aqui no município temos a Vigilância Sanitária, o Corpo de Bombeiros, que possui uma divisão específica para isso, assim como o CNEN”, enfatizou.

 

 

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