Pai de santo é denunciado pelo MP por estuprar criança e assediar a própria sobrinha

Crimes teriam sido cometidos entre abril e novembro de 2021, enquanto o suspeito atuava em um terreiro em Goiás

Isabella Valverde Isabella Valverde -
Sede do Ministério Público do Estado de Goiás. (Foto: MP-GO/Divulgação)

O Ministério Público de Goiás (MPGO) denunciou o pai de santo Antônio Roberto da Silva Nascimento, de 42 anos, por estupro de vulnerável cometido contra uma criança, de 11 anos, e importunação sexual da própria sobrinha de 15, em Cidade Ocidental, no Entorno do Distrito Federal.

Segundo a denúncia, o crime teria sido cometido entre abril e novembro de 2021, enquanto o suspeito atuava como pai de santo no terreiro religioso Illê Axé Catumbensimbe.

Ameaçando matar a família da menina de 11 anos para que ela não contasse a ninguém, Antônio Roberto alegando ser apenas um sacrifício espiritual, por cerca de quatro vezes, praticou conjunção carnal e atos libidinosos com a vítima, que havia conhecido no próprio espaço.

Já com a sobrinha, o denunciado seguia com o mesmo estilo de ameaças e a promessa de se tratar de um sacrifício, enquanto a assediava no interior de um quarto nas dependências do centro religioso.

O MP solicitou que o pai de santo pague uma quantia mínimo de R$ 10 mil a cada uma, pelos danos morais sofridos pelas vítimas.

A denúncia foi assinada pelo promotor de Justiça Rodrigo Martins da Costa, que entendeu que as medidas cautelares diversas da prisão constadas no artigo 319, incisos I, do Código de Processo Penal são o suficiente para preservar as garotas.

Dessa forma, o MP indicou que Antônio Roberto deve comparecer mensalmente em juízo e não pode mais ter acesso ao Centro Religioso Illê Axé Catumbensimbe.

O denunciado também não poderá se ausentar da comarca sem autorização da autoridade judiciária, assim como deve ser proibido de manter qualquer tipo contato tanto com as vítimas, como com os familiares delas.

Para auxiliar na fiscalização, o MP ainda solicita que assim que for proferida, uma cópia da decisão judicial seja prontamente encaminhada para o comandante da Polícia Militar, de modo que caso o pai de santo descumpra qualquer dos termos, o órgão seja imediatamente comunicado.

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