Caiado empareda Enel e recorre à Justiça após descobrir decisão da companhia em Goiás

Governador deu detalhes sobre a reação do Governo Estadual em coletiva de imprensa realizada neste sábado (22)

Aglys Nadielle Aglys Nadielle -
Caiado empareda Enel e recorre à Justiça após descobrir decisão da companhia em Goiás
Governador Ronaldo Caiado. (Foto: André Saddi)

O Governador Ronaldo Caiado (União Brasil) recorreu à Justiça para que a distribuidora de energia Enel Goiás mantenha a normalidade dos serviços prestados ao estado até o final da transição da concessão. O chefe do Executivo Estadual deu detalhes da ação em uma coletiva de imprensa realizada neste sábado (22), no Palácio das Esmeraldas.

A atitude foi tomada após o conhecimento de e-mails da companhia de energia elétrica informando a paralisação de serviços de manutenção e redução no quadro de colaboradores.

Diante da situação, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) ingressou com uma ação civil pública com pedido liminar para que a Enel mantenha a adequada prestação do serviço de distribuição até que seja concluído o período de transição da concessão para o Grupo Equatorial Energia.

“Identificamos a possibilidade de sabotagem e imediatamente determinei que todas as áreas do governo tomassem as medidas possíveis antes que isso resulte em problemas de queda de energia que venham a penalizar todos nós”, afirmou o governador.

Na sexta-feira (21), a Enel foi notificada pelo Procon e deve prestar esclarecimentos sobre os motivos que levaram a empresa a determinar a paralisação da manutenção e obras. Os trabalhos pausados incluem até mesmo a poda de árvores das redes de baixa e média tensão.

A distribuidora tem o prazo de 24h úteis para se justificar. Ela terá que apresentar ainda um cronograma de serviços executados e programados referentes ao segundo semestre de 2022, e um cronograma de transição de gestão para a empresa Equatorial.

A venda da Enel para o novo grupo em setembro deste ano foi feita por R$ 1,57 bilhão. A transferência de concessão depende ainda da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da elaboração de um plano de transferência de controle da companhia por parte da Aneel.

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