Protestos em rodovias de Goiás devem perder força até o fim desta segunda-feira (31)

Análise é do líder dos caminhoneiros autônomos. Ele informa que categoria não aderiu ao movimento, que é patrocinado por empresários

Emilly Viana Emilly Viana -
Imagem aérea de bloqueio em rodovia de Anápolis. (Foto: Reprodução / TV Anhanguera)

O presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Goiás (Sinditac), Vantuir Rodrigues, acredita que o movimento de bloqueios em rodovias goianas devemperder força ainda nesta segunda-feira (31). No estado, pelo menos oito pontos foram interditados por caminhoneiros insatisfeitos com a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas urnas.

Ao Portal 6, o líder da categoria garante que nem o Sinditac nem outras instituições representativas estão envolvidos nas interrupções das estradas. “É algo que está sendo patrocinado por empresários, principalmente do agronegócio. Internamente o que percebemos é que vai perder força até o fim do dia, pois os autônomos não aderiram”, avalia.

Para ele, inclusive, micro e pequenos empresários estão sendo prejudicados pela manifestação. “Assim como toda a sociedade, nós também estamos sofrendo prejuízos com os atrasos para chegar com nossa carga até o destino. O caminhoneiro mal está dando conta de comer, imagina se vai paralisar em um momento como esse”, afirma.

Em Goiás, além das BRs 040, 060 e 153, que estão ocupadas desde o início da manhã, manifestantes bloquearam a passagem de veículos na BR-364, em Jataí, e nas GOs 206 e GO-164, em Quirinópolis. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) alega que tenta negociar a liberação, mas que ainda não obteve sucesso.

Presidente eleito

O presidente do Sinditac também revelou as expectativas com a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito presidente neste domingo (30).”É alguém que olha para o trabalhador e para o micro empresário, e que teve uma agenda de infraestrutura em governos passados. Pega uma situação crítica, pois não dá para continuarmos com ganhos que não acompanham o mercado”, diz.

A categoria se reuniu com o vice presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), e entregou um documentos com as prioridades elencadas pela classe. Entre pontos estão a aposentadoria especial, crédito para renovação de frota e o cumprimento do piso mínimo do frete. “É o mínimo para podermos sobreviver”, destaca.

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