Dupla que arquitetou friamente morte de homem que tinha insuficiência renal vai à juri popular

Antes do assassinato brutal, vítima havia viralizado nas redes sociais após a publicação de uma triste foto em que velava a mãe sozinho

Isabella Valverde Isabella Valverde -
Vítima havia ficado conhecida após viralizar com uma foto velando a mãe sozinho. (Foto: Reprodução)

Após terem arquitetado friamente a morte de José Ricardo Fernandes, que sofria com insuficiência renal, a dupla denunciada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), Bárbara Morais dos Santos e Matheus Teixeira Carneiro, enfrentará um júri popular na terça-feira (08), em Aparecida de Goiânia.

O crime brutal aconteceu na tarde do dia 10 de julho de 2020, no Conjunto Estrela do Sul, na região Metropolitana de Goiânia. José Ricardo havia viralizado nas redes sociais após a publicação de uma triste foto em que velava a mãe sozinho.

Segundo as investigações, a vítima se submetia à hemodiálise para tratar a insuficiência renal. Então, Bárbara se ofereceu para realizar uma ‘vaquinha virtual’ para levantar à quantia necessária para o tratamento de José, alcançando R$ 30 mil.

No entanto, como ela contava com o objetivo de ficar com todo o dinheiro arrecadado, começou a arquitetar um plano e no dia 9 de julho, utilizou um perfil fake nas redes sociais para criar um anúncio no qual alegava precisar de alguém para “acabar com um véi tarado”.

Assim, a mulher conseguiu encontrar Matheus e, ofertando uma recompensa de R$ 2 mil, arquitetaram o crime.

Com isso, no dia seguinte Bárbara foi até a residência da vítima que, por conhecê-la, permitiu a entrada. Em seguida, a denunciada abriu o portão para o comparsa que estava se passando por um doador de cesta básica e juntos, espancaram José, jogaram álcool e atearam fogo nele ainda com vida.

José Ricardo chegou a ser socorrido, mas devido a gravidade dos ferimentos, não resistiu. Após o crime, a dupla levou da casa uma televisão, a carteira da vítima e o celular.

Poucos dias depois do assassinato, o promotor de Justiça Milton Marcolino dos Santos Júnior ofereceu uma denúncia, mas aceita pelo juiz Leonardo Fleury Curado Dias apenas em abril de 2021.

O magistrado será o responsável por presidir a sessão do júri juntamente com o promotor de Justiça Daniel Roberto Dias do Amaral, que fará parte da acusação.

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