OS que administra hospital e policlínicas em Goiás entra na mira do MP após irregularidades virem à tona

Órgão recomendou que SES assuma a gestão das unidades até que nova entidade seja escolhida pelo Governo do Estado

Aglys Nadielle Aglys Nadielle -
Imagem da fachada do HUGO (Foto: Divulgação/Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde)

O Ministério Público de Goiás (MP) recomendou que Secretaria Estadual de Saúde (SES) rescinda o contrato com o Instituto CEM – Centro Hospitalar de Emergências Médicas.

A organização social (OS) é responsável pela gestão do Hospital de Urgências de Goiás (HUGO), em Goiânia, e das policlínicas de Formosa, Goianésia, Posse e Quirinópolis.

A justificativa para o pedido, segundo o órgão, são as irregularidades encontradas na qualificação da empresa. O aviso foi dado no dia 31 de outubro e a partir da data a SES tem 10 dias para informar ao órgão quais serão as medidas tomadas para evitar um processo judicial.

O documento recomenda ainda que a secretaria administre essas unidades até que uma nova seleção seja feita para que outra OS, devidamente qualificada, seja escolhida pelo Governo de Goiás para assuma a gestão.

O MP aponta várias irregularidades no Instituto CEM, dentre elas o fato de a instituição se denominar ‘Odontosocial – Associação dos Pacientes de Odontologia’ até 2017.

Com a antiga identificação, a organização não obteve registros nos Conselhos Regionais de Odontologia em Goiás nem no Mato Grosso, estado onde tinha sede.

Outro ponto que levantou suspeitas é que a OS também não havia feito nenhuma movimentação fiscal nem contratação de funcionários antes de mudar a razão social.

Outro lado

Em nota, o Instituto CEM alega que é qualificado e apto para atuar na gestão da saúde pública em Goiás. A entidade ressaltou ainda que irá prestar todos os esclarecimentos ao MP.

A SES ainda ainda não se manifestou publicamente sobre o assunto. Caso o faça, essa publicação será atualizada.

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