Embate entre advogados de defesa e acusação marca terceiro dia do julgamento do caso Valério Luiz

Radialista foi morto em 2012 ao sair da rádio que trabalhava após tecer críticas à diretoria do Atlético Goianiense

Emilly Viana Emilly Viana -
Vídeo de Valério Luiz é exibido durante o júri popular dos acusados de matar o radialista. (Foto: TJ-GO)

O julgamento dos acusados de matar o jornalista Valério Luiz entra no terceiro dia com o debate caloroso entre advogados de defesa e acusação. A expectativa é que a decisão do júri saia ainda nesta quarta-feira (09).

A sessão teve início pela manhã com a fala da promotora Renata Marinho, que iniciou a sustentação por volta de 9h30. Com tempo cronometrado, Marinho teve 2h30 para apresentar os argumentos e terminou requerendo a condenação dos réus.

A promotora chegou a mostrar para o júri popular, composto por sete integrantes, o vídeo que teria motivado o assassinato de Valério Luiz. Nele, o comentarista faz críticas à diretoria do Atlético Goianiense e ao acusado de ser o mandate do crime, Maurício Sampaio.

Após uma pauta para o almoço, foi a vez do advogado de defesa Ricardo Naves tomar a palavra. Também com relógio cronometrando 2h30 de fala, o defensor  afirmou que “Valério tinha um milhão de problemas como radialista, impetuoso. Muito inteligente, mas era impetuoso”.

Naves acusou uma delegada que investigou o caso de manipulação, momento em que o advogado e um dos promotores começaram uma discussão no plenário. Ao fim, o defensor disse ao membro da acusação que não “tumultuasse” o processo.

O embate entre acusação e defesa continuará durante a tarde e possivelmente à noite, com direito a réplica e tréplica. Nesta quarta-feira, o plenário do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), onde ocorre o julgamento, estava mais movimentado que nos dias anteriores devido à expectativa de conclusão do júri.

O crime

O radialista Valério Luiz foi morto a tiros ao sair da rádio em que era comentarista em 05 de julho de 2012. Segundo denúncia do Ministério Público (MP-GO), o crime foi motivado pelas críticas de Valério à diretoria do Atlético Goianiense, na qual Maurício Sampaio, um dos réus, era vice-diretor.

Além de Sampaio, são investigados Ademá Figueredo Aguiar Filho, sargento da Polícia Militar e suposto atirador; Djalma Gomes da Silva, Urbano de Carvalho Malta e Marcus Vinícius Pereira Xavier, apontados como articuladores.

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