Conheça a história da brasileira que se apaixonou e se casou com o homem que recebeu o coração do ex-marido
Quando ficou viúva, ela concordou em doar os órgãos dele para ajudar a salvar vidas. Tempos depois, veio a surpresa
Com uma história que se assemelha a um belo romance de novela, a brasileira Leila Griff foi surpreendida pelo destino e acabou se apaixonando e casando com o homem que recebeu o coração do ex-marido.
A mulher e Ademilson haviam se conhecido ainda durante a adolescência e tiveram o primeiro filho quando ela tinha apenas 14 anos. Ambos passaram um bom tempo morando juntos felizes, porém, em um determinado dia ele se envolveu em uma briga de bar ao sair com os amigos, tendo o pior desfecho possível.
“Atiraram no carro e os tiros o atingiram na cabeça. Na época, tinha apenas 26 anos e eu, 24. Levado para o hospital, foi operado de emergência e achei que tudo ia ficar bem. Mas, depois de três dias na UTI, teve morte encefálica. Na hora que eu recebi a notícia, eu estava só no hospital e mal senti minhas pernas. Foi um tremendo choque”, revelou para a revista Marie Claire.
Pouco antes de morrer, o marido já havia lhe revelado que tinha se cadastrado para ser doador de órgãos, mas na época ela acreditou que ele estava ficando louco. Porém, quando ficou viúva, ela concordou em doar os órgãos dele para ajudar a salvar vidas.
Um ano após perder Ademilson, Leila foi surpreendida em casa quando Celeidino bateu na porta e logo afirmou, “‘Muito prazer! Sou o rapaz que recebeu o coração do seu marido”.
“[Ele] Pegou nosso endereço no hospital e fez questão de nos agradecer pessoalmente. Contou que já estava sem esperança quando recebeu o transplante. Sofria de cardiomiopatia delatada, ou seja, seu coração cresceu demais e tinha, segundo o médico, àquela altura tinha apenas seis meses de vida e já estava há tempos na fila de espera do transplante”, contou.
Com o passar do tempo, os até então desconhecidos unidos por um coração, mesmo morando em cidades diferentes, foram se tornando amigos e logo se apaixonaram.
“Dois anos depois de nos conhecermos, ele abriu uma oficina de pintura de carros e motos na minha cidade. Um dia, fui levá-lo até o portão de casa e, sem que eu esperasse, ele me beijou. Levei um susto”, relembrou.
“Juro que nunca o havia enxergado com outros olhos que não fosse de um grande amigo. Eu até tinha outros paqueras, nessa época. Mas, como sempre sincero, Celedino confessou que há tempos já estava gostando de mim. No início, resisti”, completou.
De início, Leila se sentiu culpada por se tratar de um homem que carregava dentro de si o coração do falecido marido dela, no entanto, após uma longa campanha dos filhos, que apoiavam com tudo o relacionamento, ela acabou cedendo.
Três anos após a morte de Ademilson, Leila decidiu entregar de vez o coração para Celedino e começou até mesmo a perceber que o novo amado tinha diversas semelhanças com o primeiro amor.
“Ambos eram homens muito generosos, extremamente honestos e o Celê me chama pelo mesmo apelido que o ex me chamava: gata! E tanto um como o outro nunca me chamavam pelo nome, a não ser quando estivessem bravos. Passei a notar coincidências assustadoras entre um e o outro”, contou.