Construção civil é um canteiro de oportunidades para diversos profissionais em Goiânia

Empresas tentam driblar dificuldade oferecendo cursos para atrair novos trabalhadores e reduzir rotatividade

Emilly Viana Emilly Viana -
Equipamentos de trabalhadores da construção civil. (Foto: Agehab)

O trabalho de recrutamento de trabalhadores na construção civil de Goiás nunca foi tão difícil. O setor está sofrendo com a escassez de mão de obra e, para tentar amenizar a situação, tem investido na qualificação interna dos profissionais.

Alheia ao problema, a demanda só aumenta. O segmento foi o que mais cresceu em percentual no saldo de empregos em Goiás neste ano, com uma variação relativa de 18,8%. Até setembro, 92,7 mil vagas foram criadas na área em 2022, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).

A alta é impulsinada pelo mercado imobiliário, diante do aumento dos lançamentos e vendas de imóveis. De acordo com o Sindicato da Indústria da Construção do Estado de Goiás (Sinduscon-GO), nos sete primeiros meses do ano, existiam 100 canteiros de obras ativos em Goiás – metade deles foi iniciada neste ano.

O contingente significa 5 mil empregos e boa parte segue ociosa. Na Consciente Construtora, que é responsável pela obra do WTC na Praça do Ratinho, 10 vagas para pedreiro para acabamento foram disponibilizadas há dois meses e, desde então, nunca foram preenchidas. Atualmente, a obra tem 400 colaboradores e deve chegar a 500 profissionais na fase de pico.

Uma das soluções já adotadas pela empresa para driblar esse momento foi a implantação de uma escola de formação técnica no próprio canteiro, em parceria com o Senai, para capacitar serventes para novas funções. A iniciativa já formou 12 carpinteiros e 14 armadores para atender a demanda interna.

Com seis obras em andamento, a GPL Incorporadora também investiu em uma escolinha interna de formação, aliada ao Senai, e já conseguiu formar uma turma de eletricistas e encanadores. Outra turma de pedreiros concluiu o curso nesta semana e serão classificados em nova função e com salário maior. Todos eram serventes e serão absorvidos pela demanda interna.

Os cursos devem continuar, já que, atualmente, eles têm cerca de 30 vagas em aberto. “Além da alta demanda, existe a rotatividade e nem sempre dá tempo de aguardar o tempo necessário para formar um novo profissional”, aponta o engenheiro Daniel Franco, da GLS Incorporadora.

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