Afinal, quanto uma pessoa em Goiás precisa ganhar para ser considerada rica no Brasil

Levantamento do IBGE aponta qual deve ser a renda mensal e anual do morador para ser considerada classe A no país

Emilly Viana Emilly Viana -
Imagem aérea do Setor Marista, em Goiânia. (Foto: Reprodução/Ricardo Viana).icardo Viana).

Todo mundo conhece alguém que gosta de ostentar nas redes sociais. Porém, nem sempre os luxos divulgados por alguns goianos representam o real status do usuário. Para ser considerado classe A no país, é preciso ter renda mensal acima de 20 salários mínimos – pelo menos é o que indica o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com o salário mínimo em R$ 1.302 neste ano, o morador do estado que deseja estar entre os 2,8% mais ricos do país precisa ganhar, no mínimo, R$ 26 mil a cada mês, ou, mais que R$ 312 mil ao ano.

Numa conta pragmática, leva-se a crer que é mais alta a possibilidade da classe A estar mais presente em alguns municípios de Goiás. Em Davinópolis, na região Sul, por exemplo, a renda por pessoa chega a ser dez vezes maior do que o necessário para ser reconhecido como parte da classe A. Lá, impulsionada por usina hidrelétrica, o IBGE registrou rendimento mensal de R$ 288 mil por habitante no ano passado.

Outras cidades também se destacaram no quesito devido ao envolvimento com o agro. São elas Chapadão do Céu e Perolândia, ambas no Sudoeste goiano, com renda per capita de R$ 174 mil e R$ 151 mil, respectivamente. Como o número representa a divisão entre a receita do município e o número de habitantes, a bolada pode estar concentrada no bolso de poucos moradores – muitos deles, empresários do agronegócio.

De forma mais ‘modesta’, mas dentro do patamar, também está Goiânia. A renda mensal por habitante é de R$ R$ 29.732,40.

Logo abaixo do ‘topo da pirâmide’ está a classe B, composta por pessoas que ganham de 10 a 20 salários mínimos, isto é, de R$ 13 mil e R$ 26 mil.

Entretanto, a realidade nua e crua está longe dos exemplos acima. De acordo com o IBGE, a maior parte dos moradores de Goiás está nas classes D e E, com rendimentos mensais entre R$ 2.604 e R$ 5.208.

Os goianos com renda mais baixa ainda têm sofrido com queda nos rendimentos. Em 2021, quando a pesquisa foi realizada, quase 360 mil pessoas tiveram renda média inferior per capita a R$100 por mês em Goiás diante de um cenário de diminuição no valor geral do estado. O IBGE também apontou a volta do crescimento na desigualdade econômica estadual, que havia registrado queda nos anos anteriores.

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