Entenda a reação alérgica que fez jovem de Anápolis ir parar na UTI após sentir cheiro de pimenta

Segundo especialista, é importante se manter atento aos sintomas e procurar ajuda médica em casos graves

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Thais Medeiros de Oliveira já tem nova data para voltar para casa (Foto: Arquivo Pessoal)

Nesta semana, o caso da trancista Thais Medeiros de Oliveira, que precisou ser internada em uma UTI após sofrer uma reação alérgica à pimenta na última sexta-feira (17), chamou atenção por ser algo considerado raro.

No entanto, apesar de ter natureza incomum, já existem registros na literatura médica sobre casos semelhantes. É o que explicou a alergista e imunologista Lorena de Castro.

Ao G1, a médica afirmou que existem alguns tipos mais comuns da especiarias que despertam reações alérgicas nas pessoas, como: a pimenta-preta (também conhecida como pimenta-do-reino), a malagueta e a pimenta-da-jamaica.

Ela ainda detalhou que, por se tratarem de vegetais, os componentes alérgicos são derivados de proteínas que se encontram nestas plantas.

“Neste caso, é importante a detecção da alergia para evitar o risco de reação cruzada com outros tipos de alimentos vegetais”, disse Lorena.

Sintomas

Dentre os sintomas que podem surgir durante uma crise de alergia, existem aqueles classificados como locais – considerados mais leves – e os de anafilaxia – mais graves.

Os primeiros são indícios sem muito perigo, como formigamentos na língua; erupções no rosto, ao redor da boca; tosse; coriza; entre outros.

Já o segundo tipo de reação alérgica é considerada grave e aguda, podendo ocorrer imediatamente ou algumas horas após o contato com o componente que gera a alergia.

A anafilaxia ocorre quando mais de um sistema do corpo – seja ele cardiovascular, respiratório, pele, gastrointestinal, dentre outros – são comprometidos simultaneamente.

Dessa forma, há uma associação de sintomas, como por exemplo, coceira e dificuldade para respirar. O quadro pode evoluir inclusive para uma parada cardiorrespiratória – o que aconteceu com Thais.

Lorena de Castro destacou que cada pessoa reage de uma forma à alergia e que fatores de risco podem contribuir para que a manifestação dos sintomas seja mais intensa.

“Muitas vezes não é possível o socorro pela velocidade que essas reações acontecem, mas é preciso ir à emergência e explicar a possível reação alérgica para que o médico possa fazer os primeiros socorros”, pontuou.

Recomendações

A alergista e imunologista orienta para que pessoas que sabem das alergias que possuem façam um “plano de ação orientado pelo médico alergista que ela fizer acompanhamento”.

Em casos mais leves, é necessário ter algum tipo de antialérgico sempre por perto. Já em situações mais graves, deve-se carregar uma caneta de adrenalina autoinjetável, indicada por médico e aplicada o mais rápido possível.

Por fim, caso a pessoa não saiba que tenha uma determinada alergia, é preciso se manter atento aos sintomas e buscar ajuda profissional, conforme a necessidade.

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