Entenda se a suspensão das exportações para a China vai ou não diminuir o preço da carne em Goiás

Expectativa do Ministério da Agricultura é de que os resultados de laboratório saiam nos próximos dias

Karina Ribeiro Karina Ribeiro -
Imagem mostra cabeças de gado. (Foto: Divulgação/Governo de Goiás)

Com aproximadamente 22 milhões de cabeça de gado, Goiás está em segundo lugar no ranking de bovinos do país. Além disso, tem instalado dentro do território quatro plantas que exportam carne bovina para a China.

Com a suspensão temporária das exportações para o maior parceiro comercial do país, em função da detecção de um caso de ‘vaca louca’ em Marabá (PA), técnicos alertam que o momento é de cautela, já que o mercado reagiu com uma queda de 9% do valor da arroba do boi.

Se por um lado os agropecuaristas ficam preocupados, por outro o consumidor interno não deve sentir no bolso reduções sensíveis no preço final do quilo da carne. Isso porque os produtores tendem a estender o prazo de engorda do gado no pasto por algum tempo – considerando que as exportações retomem em abril. A previsão é do presidente da Associação de Exportadores Brasileiros, José Augusto de Castro, à CNN.

A dinâmica de regulação do mercado é explicada pelo analista de mercado do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), Marcelo Penha.

Ele diz que já houve impacto no valor da arroba do boi, que estava a R$ 230 caiu para R$ 215 –  além da diminuição da escala dos frigoríficos. “Alguns frigoríficos já diminuíram a escala pela metade. Então é um momento de cautela para o produtor que deve diminuir a oferta de animais para tentar regular a questão de número de animais para abate”,  ressalta.

Ele afirma que, apesar da expectativa é de que seja um caso atípico e isolado, ocorrido em uma fazenda com 160 cabeças de gado em Pará, ainda assim preocupa o setor. “Cada atividade precisa ter sua rentabilidade e nesse momento os custos de produção estão muito alto e essa notícia vem comprometer ainda mais o setor”, diz.

 

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