Gerente de clube mandou tirar tapume que bloqueava toboágua, onde menino de 8 anos morreu

Criança caiu de 13 metros, investigações indiciaram engenheiro e gerente por homicídio culposo

Da Redação Da Redação -
Garoto de 08 anos morto após queda de toboágua em Caldas Novas. (Foto: Reprodução/Redes Sociais/PTC)

A investigação da morte do menino Davi Luiz Miranda, de 08 anos, revelou que o gerente do clube Di Roma Acqua Park, em Caldas Novas, mandou que retirassem o tapume que bloqueava a entrada do toboágua Vulcão. O brinquedo estava em reforma e causou uma queda de 13 metros, que matou o garoto.

O caso ocorreu no dia 13 de fevereiro de 2022, quando a pista de descida do escorregador havia sido retirada para manutenção e acabou causando o acidente.

Na época, a Polícia Civil (PC) indiciou, semanas depois, o engenheiro civil responsável pela obra e o gerente por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

O caso está há mais de um ano parado e tramita na Vara de Caldas Novas. Não houve denúncias contra os indiciados, pois a família está em negociação com a diretoria do clube.

Segundo o relatório da investigação, um tapume havia sido colocado corretamente para impedir o acesso ao local, antes do acidente. No entanto, em um trecho do processo, diz-se que “o gerente determinou que a barreira na escada fosse retirada dali. Se não tivesse agido dessa forma, certamente David Lucas de Miranda não teria conseguido subir ao toboágua de onde caiu”.

Rodrigo Pereira, delegado responsável pelo caso, também afirmou que o gerente e o engenheiro violaram os deveres objetivos de cuidado ao não escalarem funcionários para vigiarem o local, em dias de funcionamento normal do parque aquático.

O Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura de Goiás (Crea) também se pronunciou, através do coordenador da área de segurança, Ricardo Ferreira, que apontou que  “é muita gente, um público muito diversificado. Um detalhe importante é que o clube estava em operação. Circulam pessoas que não sabem dos locais onde estão impedidos os acessos ou estão em manutenção”.

O Portal 6 tentou contato com o Di Roma, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria. O espaço segue aberto.

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