Retorno da Minha Casa, Minha Vida deve aquecer o mercado em Anápolis

Uma das principais novidades é o retorno da faixa 1, voltada às famílias com renda bruta mensal de até R$ 2.640

Samuel Leão Samuel Leão -
(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

O mercado imobiliário anapolino já tem expectativa de aquecimento após o Governo Federal anunciar o estudo de mudanças no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. A perspectiva é de que a faixa 01, com rendimentos de até R$ 2.640, retroalimente a economia. Entretanto, os juros altos e a insegurança da inflação ainda preocupam o setor.

Em entrevista ao Portal 6, o arquiteto e presidente do Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de Anápolis (Sinduscon), Luiz Antônio Oliveira, confirmou esse cenário, além de sinalizar alterações locais e otimismo no nicho.

“Uma das principais medidas seria o reajuste do teto, Anápolis mudou de R$ 198 para R$ 209 mil o teto de apoio à produção, para founding de imóveis através do FGTS, pela Caixa”, destacou.

O especialista ainda pontuou que os investimentos injetarão muito dinheiro na economia, dando poder de compra às classes baixas em meio a uma crise inflacionária.

“Em especial, a faixa 01 deve retroalimentar a economia. Os próprios operários que constroem a casa poderão se tornar compradores, principalmente caso a entrada seja subsidiada”, projetou.

Entretanto, Luiz também sinalizou uma preocupação do Banco Central (BC) por um possível aumento na inflação quando as obras iniciarem. Na visão dele, uma alternativa seria enxugar gastos da máquina pública, para que o BC possa abaixar a taxa de juros.

No país

No dia 14 de março, o Governo Federal anunciou o retorno da Faixa 1 para o Minha Casa, Minha Vida, a qual havia sido extinta pela gestão Bolsonaro.

Entre as possíveis mudanças, está a proposta de isentar do pagamento de entrada às famílias de baixa renda. A faixa é composta por candidatos com renda familiar entre R$ 1.800 e R$ 2.640

Para isso, o Governo Federal pretende fazer parcerias com governos estaduais e municipais, para que juntas as esferas cubram todo o valor da entrada dos imóveis da faixa 01.

As faixas 2 e 3 são compostas, respectivamente, por rendas entre R$ 2.640 e R$ 4.400, e entre R$ 4.400 e R$ 8.000. A expectativa é de 02 milhões de novas casas, sendo 500 mil já para 2023.

 

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