Manoel Vanderic relembra crime cruel de trânsito que resultou na morte de adolescente de Anápolis

Ao Portal 6, mãe de Itamar Júnior contou que, mesmo após 6 anos, caso segue se arrastando na Justiça

Samuel Leão Samuel Leão -
Itamar Gomes e Silva Junior sofreu diversos ferimentos após ser atropelado e morreu no HEANA. (Foto: Reprodução)

Enquanto retornava de uma madrugada trabalhando no Ceasa, o adolescente Itamar Júnior, de 17 anos, que sonhava em ser policial, teve o sonho arrancado das mãos por um jovem motorista embriagado. Em maio de 2018, ele foi atropelado e deixado para morrer, no Setor Copacabana.

Na manhã desta segunda-feira (15), o delegado Manoel Vanderic – titular da Delegacia de Investigação dos Crimes de Trânsito (DICT) de Anápolis – usou as redes sociais para relembrar, com tristeza, do episódio.

“É o filho da Eliana e do Itamar: o primogênito. Foi desejado, bem criado, cuidado e protegido, tinha sonhos e projetos, adorava a irmã. Já trabalhava e ajudava a família”, disse, na legenda da publicação.

 

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Ao Portal 6, a mãe, Eliana Mendes, relatou todo o sofrimento enfrentado desde o acontecimento, que até hoje não teve consequências para o suspeito.

“O pai dele precisou ficar internado em uma clínica, por 6 meses, até hoje ele não sabe lidar com a perda do filho. Ele era um rapaz trabalhador, que ainda estudava à noite e sonhava em ser policial”, afirmou.

“Eles não destruíram só a vida do meu filho, mas de todos nós, da nossa família”, completou.

O suspeito, que estava acompanhado de outros dois rapazes, sequer prestou socorro ao acertar o adolescente em cima da calçada. A vítima foi levada para o Hospital Estadual de Urgências de Anápolis Dr. Henrique Santillo (HEANA), onde descobriu que estava tetraplégico.

Após cerca de uma semana, internado na unidade, Itamar veio a óbito, deixando para trás uma família desolada.

“Era para ter ocorrido uma audiência em dezembro, de instrução e julgamento, mas foi cancelada. Eles omitiram socorro, estavam correndo tanto que meu filho quebrou a cabeça em 3 lugares, além de todas as costelas”, disse também a mãe.

Testemunhas teriam apontado, e dentre elas estava um dos ocupantes do carro, que o veículo estava em alta velocidade, com o motorista dirigindo em zigue-zague. Todavia, o advogado do condutor, que tinha 18 anos na época, negou a versão.

Ao se apresentar à polícia, três dias após o acidente, ele disse que estava trafegando a 60 km/h e que perdeu o controle ao tentar desviar de outro carro, acertando o adolescente. Ainda foi dito que a vítima caminhava pela rua, e não na calçada.

Ele ainda relatou ter fugido do local do acidente por medo de ser agredido. Depois de 6 anos do ocorrido, o sentimento entre a família é o mesmo, e a Justiça segue se arrastando, ainda sem nenhuma decisão acerca do caso.

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