Goiana é destaque após ter obra exposta no Louvre e roupas utilizadas por artistas como Anitta e Glória Groove

Jovem já prestou serviços para Anitta, Fafá de Belém, Glória Groove, Linn da Quebrada e Karol Conká

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Zaia Angelo
Zaia Angelo ao lado de Linn da Quebrada e Glória Groove. (Foto: Arquivo Pessoal/ Reprodução/ Instagram/ Montagem Portal 6)

Com apenas 20 anos de idade, a jovem Zaia Angelo Melo Briet prova que a pouca vivência não é uma barreira para conquistar aquilo que se almeja.

Em apenas duas décadas, a goiana, que também é transexual, se tornou um destaque no mercado da moda nacional, tendo peças de roupas utilizadas por artistas como Anitta, Karol Conká, Glória Groove e Linn da Quebrada.

Como se não bastasse, a jovem também se configurou como um nome de peso no ramo das artes internacionais e chegou a ter obras expostas no maior museu de arte do mundo, o Louvre, em Paris.

O sucesso e relevância na área surgiram em 2017, após a cantora Fafá de Belém encomendar uma peça de roupa para o show de lançamento do Carnaval da escola de samba Mangueira.

Desde então, segundo ela, as demandas por mais trabalhos, não pararam por aí, fazendo com que Zaia atendesse pedidos de cantores como Leo Soah e MC Kátia.

Em entrevista ao Portal 6, ela conta que os resultados e reconhecimentos obtidos atualmente são frutos da paixão e da dedicação cultivadas por ela desde a infância.

“Quando eu era criança, a minha brincadeira preferida era desenhar, então a arte sempre esteve muito presente na minha vida. Tudo que eu via nos desenhos animados e nas minhas experiências, eu queria trazer aquilo do papel e quando fiquei maior, eu percebi que era algo que eu queria levar como profissão”, explicou.

Sobre a exposição da obra dela no Louvre, intitulada de “Dores do preconceito”, Zaia afirma que o convite partiu de um curador de arte que conheceu os trabalhos dela nas redes sociais e decidiu enviar uma carta.

De início, ela revela que pensou que  se tratava de uma ‘pegadinha’ e não levou o pedido a sério, mas que, posteriormente, percebeu que a proposta era real e não pensou duas vezes antes de aceitá-la.

“Nunca pensei que fosse possível isso. Foi uma exposição para apresentar novos artistas e eu resolvi levar uma coletânea chamada ‘Dores do preconceito’ e sobre homofobia. Foi muito bom falar sobre o tema e ter essa visibilidade”, diz.

Além de representar uma motivação para muitos jovens iniciantes na área, Zaia também afirma que as oportunidades também serviram para derrubar alguns estigmas de marginalização que são relacionados às mulheres transexuais.

Agora, segundo ela, o próximo passo é buscar expor outras obras em museus espalhados em Lisboa e Madri e se profissionalizar ainda mais nas áreas.

“Minha pretensão é tentar expandir e me profissionalizar cada vez mais tanto como artista plástica quanto no mundo da moda. Quero focar em coleções de botas para se popularizarem cada vez mais”, finaliza.

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