Após seis adiamentos, revitalização da Praça do Trabalhador ainda não tem data para acabar

Sem previsão, feirantes afirmam que o ponto perdeu força e vendas caíram significativamente

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Trabalhadores da Comurg trabalham nas obras de revitalização da Praça do Trabalhador. (Foto: Jackson Rodrigues / Prefeitura de Goiânia)

Sem definição. Após seis atrasos sequenciais no prazo de entrega da  revitalização da Praça do Trabalhador, a população, principalmente aqueles que trabalham na Feira Hippie, ainda está sem data de quando o espaço será liberado para uso.

A última sinalização feita pelo prefeito Rogério Cruz (Republicanos) era de finalização no início de março. Cerca de um mês após o anúncio, o espaço ainda não foi entregue oficialmente.

Em 2022, um grupo foi formado para discutir o uso do espaço, com servidores da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Economia Criativa (Sedec), junto com feirantes e empresários que atuam na região da Rua 44 e no Terminal Rodoviário de Goiânia. No entanto, apesar das melhoras apresentadas, o baque sofrido pelo comércio na região dificilmente será superado em breve.

A proprietária da loja Miss Brown, Marlene Duarte, monta barraca na Feira Hippie há quase duas décadas, mas sua empresa perdeu os clientes com as obras na Praça do Trabalhador.

“As vendas morreram. Não tem cliente. O povo sumiu de Goiânia”, relata. A feirante adiciona que a revitalização está praticamente pronta, contudo, não é mais o espaço que já foi um dia. “Eu gostei de como ficou. Falta liberar os banheiros, mas já estamos vendendo lá. O problema é que não tem mais movimento”, finaliza.

O projeto, entre os setores Central e Norte Ferroviários em Goiânia, começou em junho de 2019. Quase quatro anos depois, feirantes ainda aguardam, com mais uma mudança de empresa responsável pela construção, assim como uma série interminável de adiamentos.

Entenda

A construtora que realizava a revitalização era a Vetuno, que pediu distrato do contrato ainda em janeiro de 2022. Agora, quem lidera as obras é a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), tendo firmado acordo com a Secretaria Municipal de Planejamento e Habitação (Seplanh).

Então, o prefeito anunciou que a entrega ocorreria em outubro, no aniversário de Goiânia, mas outro adiamento ocorreu. No final de novembro do mesmo ano, a Prefeitura de Goiânia anunciou que as obras alcançaram 80% de conclusão, com expectativa de entrega em dezembro. Porém, não foi possível cumprir o planejamento e a previsão foi adiada para o dia 27 de janeiro.

No início de fevereiro, o prefeito Rogério Cruz anunciou que o local seria entregue em 10 dias úteis, com a nova previsão estipulada para o início de março. Um mês depois, ainda não se sabe quando a saga terá fim. A previsão do Paço Municipal era de investir cerca de R$ 2,5 milhões para a conclusão da obra.

Portal 6 entrou em contato com a Comurg para mais informações por e-mail e telefone sobre a obra na Praça do Trabalhador desde a última sexta-feira (31), mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.

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