Celulares apreendidos em presídio de Aparecida de Goiânia poderão ser doados para estudantes

MP propõe que eletrônicos contrabandeados passem a desempenhar funções educativas

Samuel Leão Samuel Leão -

O Ministério Público de Goiás (MPGO) instaurou um procedimento administrativo para acompanhar o repasse de celulares apreendidos no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, para alunos da rede pública do estado.

O projeto foi divulgado nesta segunda-feira (10), e tem a autoria do promotor de Justiça Fernando Aurvalle Krebs, responsável pela 25° Promotoria de Goiânia.

A ideia já rendeu frutos no Rio Grande do Sul, onde uma parceria entre o Poder Judiciário e a Pontifícia Universidade Católica (PUC), responsável pela perícia e preparação dos aparelhos, atendeu diversos alunos. O projeto foi intitulado Alquimia II.

Com a proposta, os eletrônicos, antes contrabandeados, passariam a desempenhar funções educativas, facilitando o acesso a informações e a interação entre os discentes.

“Desta forma, retira-se o celular que serviria ao crime e o destina a quem dele necessita”, resume o promotor Fernando Aurvalle.

A ação vem acompanhada da intensificação da fiscalização nos presídios, feita tanto através da revista minuciosa e do uso de scanners, os chamados body scans, quanto pela interceptação de drones e outras estratégias de infiltração.

Para que o projeto possa sair do papel o mais breve possível, o promotor proponente já requisitou um levantamento, com prazo de 15 dias úteis, de todas as apreensões feitas no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia dentro dos últimos cinco anos, assim como a respectiva destinação.

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