Conheça uma das agentes mais especiais da Delegacia do Idoso de Anápolis

Adotada pelos agentes há mais de 10 anos, ela ajuda no atendimento e facilita enormemente o trabalho dos policiais

Davi Galvão Davi Galvão -
Delegado Manoel Vanderic com a Adjunta. (Foto: Reprodução)

Quando se fala em delegacia, é natural que venha a cabeça um ambiente pesado, afinal, o local é destinado a resolver problemas delicados. Entretanto, a Delegacia Especializada no Atendimento ao Idoso (DEAI) de Anápolis tem uma funcionária de quatro patas muito especial que ajuda a melhorar o clima: a Adjunta.

Ao Portal 6, o delegado Manoel Vanderic, que coordena a unidade, contou que a colega de trabalho já se tornou essencial para a equipe e, inclusive, fez aniversário nesta terça-feira (25), comemorando o tempo ao lado dos colegas.

“A Adjunta chegou aqui em 2011, ela entrou na delegacia e começou a dormir aqui, daí a gente começou a alimentar depois de algumas semanas e ela nunca mais foi embora”, revelou.

Embora ela não fique todo o tempo no local, pois circula pelo bairro, o titular da delegacia garante que o pet sempre acaba voltando para dormir, já que ganhou até uma casinha confortável no centro policial.

De acordo com Vanderic, a presença da Adjunta não é algo em vão, pois com o tempo eles perceberam que a companheira facilitava muito o trabalho dos agentes.

Como o delegado explica, um dos maiores desafios envolvendo casos de violência contra idosos é conseguir justamente ganhar a confiança deles. Por vezes, as agressões cometidas contra a terceira idade partem de filhos e netos e os idosos, ao tentarem protegê-los, podem se mostrar resistentes em conversar com autoridades.

Um dos procedimentos da polícia é visitar a residência dessas vítimas após receberem uma denúncia, essa desconfiança e receio acabavam atrapalhando o trabalho dos agentes.

“A gente começou a levar a Adjunta nessas visitas. Quando nós chegamos com ela, a recepção é outra, em vez de receberem a gente com medo, recebem a gente com alegria. Ela tem a roupinha dela, uma arminha de brinquedo que a gente pendura, quebrava um pouco esse preconceito e desconfiança do idoso”, destacou.

Já com mais de 10 anos de casa, a cachorrinha ajuda no atendimento às vítimas na própria delegacia e, além de facilitar essa dinâmica, também transforma o ambiente.

“É impossível imaginar o funcionamento da delegacia sem ela, tanto por causa da eficiência do trabalho quanto pra gente. A gente é uma delegacia diferente, mais humanizada, em grande parte por causa da Adjunta”, completou o delegado.

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