Goiás já registrou mais de 600 casos suspeitos da síndrome mão-pé-boca em crianças em 2023

Ao Portal 6, diretora da Sociedade Goiana de Pediatria, Simone Ramos explica como doença é causada e sintomas característicos

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Criança com manchas da síndrome mão pé boca. (Foto: Divulgação/ SES)

De janeiro até abril de 2023, Goiás registrou 646 casos suspeitos da síndrome mão-pé-boca (SMPB). Os dados foram divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) na terça-feira (02).

Ao todo, de acordo com a pasta, 56 surtos já foram contabilizados em 14 municípios do estado. A maior parte dos casos investigados são da cidade de Aparecida, com 288.

Logo em seguida, aparecem Goiânia (131), Santo Antônio da Barra (64), Mundo Novo (40), Silvânia (37), Pires do Rio (23), Ouvidor (13), Corumbaíba (11), Cumari (11), Caldas Novas (10), Cezarina (6), Jesúpolis (5), Carmo do Rio Verde (4) e Barro Alto (3).

A doença, que até então era desconhecida por muitos, tem se tornado um motivo de preocupação entre os pais e autoridades de saúde. Ao Portal 6, a diretora da Sociedade Goiana de Pediatria, Simone Ramos, explica como é causada a síndrome.

De acordo com a profissional, a doença infectocontagiosa é originada pelo vírus Coxsackie e atinge principalmente crianças de até cinco anos de idade.

Ela é disseminada por meio de gotículas de espirro, tosse, fezes e toques em superfícies tocadas pela pessoa infectada, o que a torna uma síndrome de alta transmissão.

Os sintomas característicos são febre, dor de garganta, diminuição do apetite, lesões que podem aparecer nas mãos, pés, nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, nas genitálias, na faringe e amígdalas.

Por ainda não existir uma vacina contra a mão-pé-boca, a profissional recomenda alguns cuidados que os pais ou responsáveis devem ter durante o tempo de isolamento do pequeno.

“Nós devemos manter o estado geral dela [a criança] bem preservado, através de hidratação, analgésico, podemos lançar mão, às vezes, da laser terapia, que pode melhorar muito a dor das lesões e fazer com que ela se alimente melhor”, orienta.

Segundo a diretora, é necessário que a criança fique isolada, por cerca de 07 a 10 dias, após o diagnóstico da doença.

Ela também orienta que os pais e responsáveis notifiquem o colégio, creche ou berçário frequentado pela criança a fim de evitar a incidência de novos casos.

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