Uso de remédios sem prescrição leva Goiás a registrar quase 1 mil casos de intoxicação no primeiro trimestre de 2023

Farmacêutica ouvida pelo Portal 6 explica que a automedicação também pode causar alergias, resistência bacteriana, dependência e até mesmo a morte

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
(Foto: Arquivo/Agência Brasil)

Em 2022, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES) registrou 3.006 casos de intoxicação causados pela automedicação. Nos primeiros meses de 2023, o estado já teve 932 casos.

Diante disso, o dia 05 de maio foi escolhido para falar sobre o uso indiscriminado de remédios e os perigos da automedicação sem orientação.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o uso correto de medicamentos deve ser feito de acordo com a condição clínica na dose e administração indicada por profissionais da saúde.

Porém, pelo menos 50% de todos os remédios são prescritos, usados ou vendidos de forma inadequada, segundo a OMS. No contexto nacional, 89% dos brasileiros usam medicamentos sem orientação médica, aponta Pesquisa de Automedicação do Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico (ICTQ).

A farmacêutica Larissa Eufrásio das Neves disse ao Portal 6 que é comum encontrar pessoas que fazem o uso indiscriminado, principalmente por conta da cultura de indicação. “As pessoas dizem às outras que o remédio é bom e elas compram”.

A profissional relatou que a automedicação é um problema grave. “Pode causar vários fatores, como alergias, resistência bacteriana, dependência e até mesmo a morte. Uma pessoa pode ainda sofrer de interação medicamentosa, que é quando se mistura substâncias que não se pode.”

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