UPA Pediátrica registra aumento de 74% em número de atendimentos no mês de março

Síndromes respiratórias estão entre os principais motivos para a alavancada

Samuel Leão Samuel Leão -
UPA Pediátrico do Bairro Maracanã, em Anápolis. (Foto: Samuel Leão)

Durante o mês de março, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Pediátrica de Anápolis registrou números alarmantes de atendimentos, o que resultou em reclamações e gerou preocupação pelo fato da unidade ser a única do município que atende a faixa etária pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Acontece que a capacidade estimada para a unidade é de 7 mil atendimentos. No entanto, o mês de março ultrapassou os 11 mil, causando uma sobrecarga no sistema.

Ao Portal 6, a Dra. Elisa Oliveira Dafico Pfrimer, especialista em pediatria e professora na Universidade Federal de Goiás (UFG) e na Unievangélica, explicou questões que influem como, por exemplo, a escassez de pediatras na emergência e as épocas com picos na procura.

“Já atuei por 14 anos na emergência. Esse período de março, abril e maio tem realmente um aumento exponencial, devido ao aumento dos casos de dengue, gripe, influenza e de síndromes respiratórias”, explicou.

Segundo dados levantados pela Fundação Universitária Evangélica (Funev), responsável por gerir os serviços da UPA Pediátrica, no mês de março houve um aumento de 74% no número de atendimentos quando comparado com janeiro deste ano.

Dentre as causas percebidas pela unidade para tal mudança, o período sazonal de síndromes respiratórias despontou como a principal questão.

A assessoria da Fundação também informou que foi ampliado o quadro de médicos, que antes era de três, atualmente conta com seis, mas podendo atingir oito médicos em alguns dias da semana.

Assim como exposto pela Dra. Elisa, a gestão também relatou a escassez de profissionais pediátricos dispostos a atenderem na emergência.

“Realmente, muitos dos que atendem na emergência são clínicos gerais, nem sempre são propriamente pediatras. A maioria prefere a atuação em consultórios ou em UTIs (Unidades de Pronto Atendimento)”, relatou a médica.

Sobre reclamações acerca da qualidade dos atendimentos, o Portal 6 pediu à Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) um parecer sobre como se dá a fiscalização dos serviços prestados na unidade de saúde.

Em nota, a  Secretaria Municipal de Saúde informou que  faz o monitoramento das OSs por meio de comissão específica para este fim, além de acompanhar o cumprimento de metas e das cláusulas contratuais.

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