Jovem de Anápolis é transferida para HDT com suspeita de ter contraído doença rara e grave

Caso aconteceu após incidente em uma baia de cavalo e ela apresentar febre, lesões e dores musculares

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Hospital de Doenças Tropicais (HDT), em Goiânia.
Hospital de Doenças Tropicais (HDT), em Goiânia. (Foto: Igor Guimarães/ Governo de Goiás)

Uma jovem, de 21 anos, moradora de Anápolis, deu entrada no Hospital de Doenças Tropicais (HDT), nesta quinta-feira (11), suspeita de ter contraído mormo, uma doença infectocontagiosa transmitida a humanos pelo contato com animais infectados – sobretudo equinos.

No local, ela passará por exames específicos para realizar o diagnóstico de forma precisa. As informações são da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa).

O caso teve início no domingo (07), quando ela apresentou febre, lesões em todo o corpo e dores musculares, justamente após pisar em um prego enquanto trabalhava em uma baia de cavalo.

Passados três dias, na quarta-feira (11), devido a continuidade no quadro clínico, ela procurou uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em Anápolis, onde, diante dos sintomas e exames clínicos, levantou-se a suspeita da doença de mormo. Na sequência, foi encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Esperança.

Em entrevista ao Portal 6, o infectologista Marcelo Daher, que debateu o caso da paciente com outros profissionais, afirma que, apesar da suspeita, outras possibilidades estão sendo avaliadas pela equipe médica.

“Existe uma possibilidade que nem o animal e nem ela estejam com a doença. São possibilidades. A possibilidade de tétano também não está descartada”, ressaltou.

O profissional explicou que mormo é uma zoonose infecciosa contagiosa transmitida aos seres humanos pelo contato com a secreção de um animal infectado.

De acordo com ele, os sintomas podem variar de ausência de sinais até febre, dores musculares, dor no peito e casos de pneumonia grave.

Por não existir uma vacina contra a doença, os pacientes são tratadas com antibióticos, por cerca de quatro semanas, não havendo a necessidade de isolamento do infectado.

Procedimentos

Causada pela bactéria Burkholderia mallei, a doença é considerada extremamente contagiosa, com efetiva necessidade do uso de equipamentos de proteção, como luvas, por parte dos profissionais de saúde para contato com o paciente. Entretanto, conforme Daher, não há necessidade de isolamento do enfermo.

Entretanto, os animais suspeitos de estarem acometidos pela doença precisam ser isolados até que saia o diagnóstico. Em casos positivos, é necessário que ele seja sacrificado.

Conforme a Semusa, o Centro de Zoonoses já foi notificado e um exame será realizado no animal para seguir o protocolo vigente, a depender do resultado final.

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